Em 1998, Steven Spielberg alcançou sucesso em todos os níveis com O Resgate do Soldado Ryan, mesmo acreditando inicialmente que ninguém iria querer ver o filme: com um total de onze indicações, o épico da Segunda Guerra Mundial conseguiu ganhar cinco Oscars, incluindo o de Melhor Diretor para Spielberg.
Com uma bilheteria mundial de cerca de 482 milhões de dólares, foi o segundo filme mais bem-sucedido do ano, atrás apenas de Armageddon. Entre os leitores do AdoroCinema, é o segundo filme mais bem avaliado de Spielberg, com uma média de 4,7 estrelas (de 5 totais), sendo superado por uma pequena diferença por A Lista de Schindler, com 4,8 estrelas.
Quando você pensa no filme, provavelmente tem em mente a ambiciosa cena de abertura de mais de 20 minutos, que retrata de forma brilhante o desembarque dos Aliados na Normandia em 6 de junho de 1944 – e é tão realista que foram necessários 12 milhões de dólares e mais de 1000 figurantes para filmá-la.
Mas mesmo que essa obra-prima técnica indiscutível às vezes ofusque o restante de O Resgate do Soldado Ryan, há uma série de outras cenas no filme que comoveram o público Entre elas, um momento relativamente discreto de James Francis Ryan, interpretado por Matt Damon.
Depois que o capitão John H. Miller (Tom Hanks) e sua unidade de busca localizam o soldado titular, ele compartilha uma lembrança de infância: Ryan conta como ele e seus irmãos que morreram na guerra espionavam regularmente seu irmão mais velho, que se encontrava com uma garota em um celeiro à noite para beijá-la secretamente.
Muitos espectadores acharam esse monólogo particularmente tocante porque representava um breve momento de inocência em meio aos horrores da guerra. Mas, como o produtor Peter Bart revelou no livro The Hits, the Flops - The Summer That Ate Hollywood, foi uma improvisação de Damon.
Segundo ele, ninguém no set ficou particularmente impressionado com isso, nem mesmo Spielberg, que a descreveu como “nem profunda, nem perspicaz”. No entanto, o diretor de Jurassic Park reconheceu as potenciais qualidades da cena e decidiu incluí-la no corte final. Não foi apenas Matt Damon que ficou grato ao diretor por isso.
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