Em sua estreia na Netflix, BigBug passou despercebido e sem fazer muito barulho: trata-se de uma produção francesa que nos transporta até 2045, quando a inteligência artificial é omnipresente. Tanto é que a humanidade depende dela para satisfazer todas as suas necessidades e desejos, mesmo os mais íntimos e distorcidos – e assim o filme explora um futuro em que talvez sejam os robôs que têm alma e não os humanos.
Este é o estranho e divertido BigBug
A sinopse oficial de BigBug conta que, em um bairro residencial tranquilo, quatro robôs domésticos decidem repentinamente sequestrar seus donos em sua própria casa. Presos entre quatro paredes, uma família não muito bem-sucedida, uma vizinha indiscreta e seu eficiente androide sexual são forçados a suportar uma situação cada vez mais delirante.
Enquanto isso, lá fora, a geração mais avançada de robôs – os Yonyx – tenta conquistar o mundo. E apesar de a ameaça ser cada vez mais iminente, os humanos se perdem entre outras mesquinharias, se deixando levar pelo ciúme e se humilhando perante o olhar perplexo dos seus robôs domésticos.
O excêntrico filme de ficção científica da Netflix carrega o estilo inconfundível de Jean-Pierre Jeunet, seu diretor. O francês voltou com um lançamento depois de quase uma década, e o fez misturando ficção científica com uma comédia de costumes. O diretor do famoso Amélie Poulain faz com que pareça um episódio de Black Mirror, mas através de um filtro peculiar.
Divertido e com uma galeria peculiar de personagens, a história pode ser considerada por alguns extravagante e difusa, mas consegue levar a sátira ao extremo sem ser óbvia. Tanto o lado cômico, quanto o da ficção científica andam em equilíbrio – um plano perfeito para uma sessão com pipoca em casa.
*Conteúdo Global AdoroCinema