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    “Não são personagens, são pessoas”: Fernanda Torres e Selton Mello relembram emoção de Ainda Estou Aqui (Entrevista)
    Aline Pereira
    Aline Pereira
    -Editora-chefe
    Jornalista que ama boas histórias e combina a paixão por cinema e TV com comunicação para mergulhar ainda mais nos universos e personagens que já fazem brilhar os olhos. Pipoca, terror, dramédia e uma pitada de reality são a receita perfeita para todos os dias.

    Em entrevista ao AdoroCinema, dupla ressalta trabalho de Walter Salles na direção de Ainda Estou Aqui, candidato do Brasil ao Oscar 2025.

    Mais de 25 anos se passaram desde que o Brasil teve um filme indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional pela última vez – foi O Que é Isso, Companheiro? –, mas a recepção e os prêmios de Ainda Estou Aqui no circuito internacional acendeu esperanças fortíssimas. Os nomes de Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello já eram mais do que suficientes para me fazer torcer muito pela indicação, mas a emoção de assistir ao drama inspirado na história real de Marcelo Rubens Paiva trouxe um sentimento ainda mais forte: esta é uma obra para nunca ser esquecida.

    “Foi a sensação que a gente teve quando assistiu ao filme pela primeira vez, em uma televisão na ilha de edição. Ele te causa uma comoção tão grande e em ondas, sem forçar a barra, sem blefar”, disse Selton Mello em entrevista ao AdoroCinema sobre a emoção honesta e genuína que Ainda Estou Aqui pode provocar em quem está assistindo.

    “Sentamos em Veneza para assistir achando que já estávamos vacinados. Aí, quando apareceu o Rubens, o Selton pegou na minha mão, e eu na dele, e a gente falou: ‘Ele vai sumir’”, relembrou Fernanda Torres. Assista à entrevista completa:

    Ainda Estou Aqui começa no Rio de Janeiro do início de 1970, na casa da família de Rubens (Selton Mello), Eunice Paiva (Fernanda Torres) e os cinco filhos do casal. Engenheiro e ex-deputado, Rubens Paiva foi sequestrado por militares, acusado de conspiração contra o governo e desapareceu. Sem vestígios e provas de seu paradeiro, Eunice passou a cuidar da família sozinha.

    A trama, então, nos leva pelo período após o desaparecimento de Rubens, retratando a perseguição enfrentada pela família e a luta – interna, em especial – de Eunice, determinada a manter o bem-estar de seus filhos e a buscar respostas para o sumiço do marido (leia a crítica completa do AdoroCinema).

    Apesar do DNA profundamente brasileiro, Ainda Estou Aqui derrubou uma barreira de comunicação que nem sempre o cinema nacional consegue e a dupla de protagonistas elogia o trabalho de Walter Salles na direção como principal condutor dessa trajetória de sucesso do longa.

    “Acho que é o afeto, a humanidade dessas pessoas. Não são personagens, são pessoas. Elas existem nesse filme e isso é mérito do Walter, um maestro mesmo”, declarou Selton. Fernanda Torres completa relembrando o marco de Central do Brasil, que trouxe a Fernanda Montenegro uma indicação ao Oscar.

    “Ele é um cara devoto, pensador do cinema. Walter tem essa visão global, que muitas vezes eu não tenho aqui no Brasil. Se eu estiver aqui na minha ilha com 200 milhões de pessoas, estou feliz da vida, mas o Walter tem a ponte do que é a linguagem do filme dele inserida no cinema mundial. Não é à toa que, tantos anos depois de Central do Brasil, este seja um filme que tenha vencido essa barreira de comunicação entre o Brasil e o mundo”, pontuou.

    Ainda Estou Aqui estreia em 7 de novembro nos cinemas.

    *Conteúdo Global AdoroCinema

    Ainda Estou Aqui
    Ainda Estou Aqui
    Criador(es): Walter Salles
    Com Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Selton Mello
    Data de lançamento 7 de novembro de 2024

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