A união das forças de Steven Spielberg e George Lucas trouxe para o mundo cinematográfico um dos maiores e melhores personagens de aventura de Hollywood: Indiana Jones. Professor charmoso, arqueólogo, aventureiro e inteligente, poucos poderiam criar um personagem tão cativante como esse, mas os cineastas conseguiram estabelecer um ícone da cultura pop – claro, com a majestosa ajuda de Harrison Ford, que o interpretou por mais de 40 anos.
Tanto Spielberg quanto Lucas já provaram que são capazes de criar impressionantes universos fantasiosos, mas Indiana Jones pode ser o segredo que os dois nunca confirmaram: ele é provavelmente baseado em uma pessoa real, mais especificamente em Roy Chapman Andrews. Apesar de nunca confirmarem essa informação, as coincidências entre a vida de Roy e a de Indiana são impressionantes.
Quem foi Roy Chapman Andrews?
Explorador, naturalista, paleontólogo mundialmente famoso e com um medo mortal de cobras, Roy foi uma importante figura para a paleontologia. Em 2023, Sara Appelbee concedeu uma entrevista à revista Vanity Fair para falar sobre seu avô, Roy
Nascido em Beloit, Wisconsin, em 1884, Andrews foi diretor do Museu Americano de História Natural, explorador mundialmente renomado, naturalista e autor de 22 livros, capa da revista Time em 1923, e líder de expedições pelo Tibete, China e Mongólia – onde, mais de uma vez, se perdeu no deserto de Gobi.
Um dos feitos mais importantes de Roy para a ciência e geografia foi a comprovação de que os dinossauros se reproduziam por ovos – ele teve até mesmo um dinossauro nomeado em sua homenagem! A descoberta de sua vida aconteceu na companhia de sua esposa, a fotógrafa Yvette Borup, em expedições pela Ásia, onde encontrou ossos fossilizados de dinossauros e ovos em ninhos que provaram que os dinossauros colocavam ovos.
Steven Spielberg e Christopher Nolan terão um duelo épico nos cinemas 16 anos depoisMesmo com suas impressionantes descobertas, o nome de Andrews caiu no esquecimento para muitas pessoas. Ann Bausum, autora de uma fotobiografia sobre Andrews, também conversou com a Variety, onde explicou por que o nome do aventureiro se perdeu com o tempo no imaginário popular.
“Apesar de todas as suas aventuras, ele não teve uma saída dramática que o fixasse na imaginação do público”, diz Bausum. Andrews se aposentou e viveu seus últimos anos tranquilamente em Carmel Valley, Califórnia. Sara Appelbee compartilhou brevemente como foi crescer ao lado de uma figura tão emblemática, e suas histórias podem facilmente ser associadas a um personagem como Indiana Jones.
“Eu era jovem, e ele já era idoso e aposentado”, diz a texana de 75 anos, “mas, mesmo assim, havia coisas que me faziam pensar que ele não era como outros avôs.” Por exemplo, sobre a mesa de centro, em uma vitrine de vidro, havia uma pilha de ovos de dinossauro. Quando ele a levava para praticar tiro ao alvo, sua pontaria era extraordinariamente boa. “Muitos avôs contam histórias extravagantes”, observa Appelbee, mas não o seu. “Ele nunca me contou uma história que não fosse verdadeira, porque não precisava disso”, afirma ela.
As semelhanças de Roy Chapman Andrews e Indiana Jones
Roy Chapman Andrews ficou conhecido entre muitos como o Indiana Jones da vida real. Se há um detalhe sobre Andrews que reforça sua reivindicação à fama de Indiana Jones, é o fato de ambos terem um medo mortal de cobras.
A ofidiofobia de Jones provavelmente surgiu após cair em uma caixa delas quando adolescente, enquanto a de Andrews veio de uma experiência aterrorizante na Mongólia. "Ele estava hospedado em um acampamento infestado de víboras no final da temporada; fazia frio e a temperatura caiu", comentou Bausum. "Procurando calor, as víboras começaram a invadir as tendas à noite, então Andrews teve de enfrentá-las com qualquer arma que encontrasse no escuro."
Assim como o personagem de Harrison Ford, Andrews também conseguiu escapar da morte – na verdade, dez vezes, como ele próprio relatou em On the Trail of Ancient Man: “Duas vezes por afogamento em tufões; uma vez, nosso barco foi atacado por uma baleia ferida; outra vez, minha esposa e eu quase fomos devorados por cães selvagens; em uma ocasião, enfrentamos grande perigo com sacerdotes lamas fanáticos; em duas situações, caí de penhascos; uma vez quase fui pego por uma píton enorme e, em outras duas ocasiões, poderia ter sido morto por bandidos.”
Roy Chapman Andrews faleceu em 1960, aos 76 anos.
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