Levou 24 anos para que pudéssemos apreciá-la, mas a sequência de um dos filmes mais celebrados da carreira de Ridley Scott, Gladiador II, chegará aos cinemas brasileiros em 14 de novembro. E o cineasta britânico veterano não poderia estar mais orgulhoso: “É a melhor coisa que já fiz”, disse ele em uma entrevista à Empire. “Uma das melhores coisas. Já fiz alguns bons filmes".
Em menos de um mês, descobriremos se as expectativas serão atendidas, e o trailer do filme pode ser visto como uma prova de que o filme estrelado por Paul Mescal não precisa usar a nostalgia - e é capaz de se sustentar sozinho: o trailer confirmou a teoria mais difundida do filme estrelado por Russell Crowe. Um segredo que, apesar de ter levado 24 anos para se revelar, não parece ser realmente importante para Scott ou para os principais "envolvidos".
Como você deve saber, Gladiador II é estrelado por Lucius, o sobrinho de Commodus (Joaquin Phoenix) e filho de Lucilla (Connie Nielsen) no filme vencedor do Oscar de 2000. E agora, é um adulto interpretado por Paul Mescal. Anos se passaram desde que ele testemunhou a morte de seu venerado herói Maximus nas mãos de seu tio, e na sequência, é ele mesmo quem acabará lutando no Coliseu, quando seu país for conquistado pelos imperadores tirânicos que governam Roma com mão de ferro.
No entanto, o trailer de Gladiador II revela outra coisa: que Lucius (Mescal) é, de fato, filho de Maximus e não Lucius Verus I, como ele foi levado a acreditar durante toda a sua vida. Uma suspeita antiga sobre o personagem, já que Maximus e Lucilla foram amantes no passado, agora confirmada pela própria mãe do personagem, novamente interpretada por Connie Nielsen, antes de uma batalha no Coliseu.
Com a revelação no trailer, Ridley Scott consegue dar à peça promocional um pouco de notoriedade e aumentar um pouco a expectativa. Mas está claro que ele não estava fazendo uma grande revelação.
Paul Mescal, por sua vez, disse à Entertainment Weekly que sabia, desde as primeiras conversas com o cineasta, que deveria entrar na pele deste "filho", e que, embora isso o tenha impressionado no início, ele sabia que precisava construir sua própria identidade sem que essa questão o afetasse demais. “Ele [Scott] mencionou isso no bate-papo, mas você tem que lidar com o fato de ver isso escrito no papel. E [ter] essa responsabilidade sobre seus ombros é interessante”, diz ele (Via: SensaCine).
Ou seja, revelação é, de acordo com o ator, “inevitável”, mas não mudou a maneira como ele abordou o personagem: "O roteiro faz muito desse trabalho para você em termos de 'esfregar a sujeira' entre as mãos, o DNA e a genética que Lucius herda. Tentei deixar isso de lado porque, no final das contas, Lucius, no início do filme, tem uma jornada muito diferente da de Maximus."
De fato, Mescal acabaria trabalhando mais nas diferenças do que nas semelhanças: “Eu esperava que o DNA e até mesmo os gestos físicos fossem uma parte, uma pequena parte, da performance”, ele admite. “Mas o que tentei fazer foi descobrir exatamente quem era Lucius e onde estavam as diferenças entre Lucius e Maximus".
*Conteúdo Global AdoroCinema