O gênero de ficção científica está repleto de adaptações de livros populares e tentativas de franquias que não alcançaram o sucesso comercial esperado. São produções caras que envolvem uma grande logística, então ao menor sinal de fracasso, o estúdio decide encerrar o projeto e partir para outra tentativa. Um dos casos mais notórios é Eu Sou o Número Quatro, um filme de 2011 dirigido por D. J. Caruso que prometia muito, mas ficou na memória como uma decepção.
Antes de tudo, do que se trata? O filme se concentra em John (Alex Pettyfer), uma das poucas crianças que sobreviveram à destruição de seu planeta. Após a catástrofe, apenas 9 crianças saíram com vida e foram levadas para um lugar seguro na Terra. Quando jovem, John descobre que tem poderes sobrenaturais e vive fugindo de cidade em cidade, sem criar laços ou se estabelecer em nenhum lugar, para evitar ser capturado. Quando se apaixona por Sarah (Dianna Agron), sua mentalidade muda. Agora ele tem que enfrentar seus inimigos, que têm matado, um por um, as crianças que escaparam da tragédia.
Em 2011, essa mistura de ficção científica, fantasia e romance chegou aos cinemas pelas mãos de D.J. Caruso, o diretor de xXx: Reativado (2017) e Paranóia (2007). Caruso ficou encarregado de adaptar para as telas o primeiro livro da saga Os Legados de Lorien, que é composta por 7 volumes. O fenômeno literário tinha seguidores em todas as partes do mundo, mas isso não ajudou o filme a alcançar os níveis que o estúdio esperava.
E não se pode dizer que foi um fracasso de bilheteria. Eu Sou o Número Quatro chegou aos 150 milhões de dólares, triplicando seu orçamento. Infelizmente, a crítica não o recebeu tão bem. Esta aventura foi recebida com comentários principalmente negativos que fizeram a produtora repensar a continuação da saga. As más avaliações, juntamente com o fato de que se esperava uma cifra maior na bilheteria, fizeram com que os planos para futuras sequências fossem cancelados.
A roteirista Marti Noxon confirmou à Collider em 2011 que as sequências haviam sido arquivadas por enquanto. Alguns anos depois, o diretor abriu uma porta para a esperança. "Surgiram algumas conversas nos últimos meses sobre tentar fazer algo porque existe esse apetite do público por aí [...] Acho que a DreamWorks também as obterá, então será interessante. Não sei se eu estaria envolvido, mas sei que estão falando sobre isso", afirmou em The Power of Six. No décimo aniversário do filme, em 2021, o ator Alex Pettyfer declarou que a DreamWorks havia descartado qualquer tentativa de ressuscitar a saga.
Uma década depois, parece pouco provável que alguém resgate a saga de Pittacus Lore, mas a realidade é que ela ainda mantém uma boa legião de fãs. Ainda hoje há um grupo de pessoas que espera ver uma boa adaptação das aventuras de Quatro e quem sabe se alguma plataforma de streaming decidirá adquirir os direitos para tentar criar sua própria franquia. Desenvolver com sucesso um bom material de fantasia e ficção científica é complicado, mas há alguns que conseguem.
*Conteúdo Global do AdoroCinema
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