Al Pacino estreou o livro de memórias Sonny Boy: Autobiografia. Lançado no Brasil na última terça-feira (15), pela Editora Rocco, a publicação traz diversas histórias inéditas do ator de O Poderoso Chefão ao longo de sua longeva carreira e vida pessoal.
Em uma das anedotas, o ator falou sobre seu trabalho em Era Uma Vez... Em Hollywood e relembrou a experiência desagradável de ter filmado uma cena de 21 páginas com Leonardo DiCaprio para, no fim, Quentin Tarantino cortá-la na sala de edição, reduzindo-a a dois minutos de tela.
"Eu tinha uma cena de 21 páginas com Leo que ensaiamos juntos. Leo tinha um monólogo inteiro que ele entregou brilhantemente, onde ele disse tudo o que precisava ser dito sobre essa indústria em 1969", escreveu Pacino. "Mas os filmes têm seus próprios ritmos, e a cena acabou tendo cerca de dois minutos quando Tarantino terminou. Não o estou culpando por isso. Ele tinha um motivo para fazer isso."
Apesar disso, o vencedor do Oscar afirmou que é grato ao diretor, já que este foi um dos poucos projetos recentes que o tornaram "muito mais famoso agora" do que ele jamais foi. É uma declaração um tanto inesperada, considerando seu currículo repleto de grandes títulos como Um Dia de Cão, Serpico, Scarface e O Poderoso Chefão. Mas, no livro, ele explica:
"Famoso de uma forma diferente, não tanto pelo trabalho que estou fazendo, mas por minhas associações com várias pessoas e minha aparição em certas coisas, e por viver em Hollywood" disse. "Eu tive sorte. Eu estava em três filmes seguidos que, de diferentes maneiras, causaram um impacto real, começando com Era Uma Vez em… Hollywood."
Não recebi muito dinheiro por isso, mas estava trabalhando com Quentin Tarantino, Leo DiCaprio, Brad Pitt e Margot Robbie, e gostei do papel. É por isso que fiz isso, mas disse ao meu advogado: 'Como faço isso sem ser pago?'
No filme de 2019, Al Pacino interpretou Marvin Schwarz, o agente de Hollywood de Rick Dalton, de DiCaprio.
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