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    Festival do Rio 2024: Com estrela de La Casa de Papel, delírio hípico de 90 minutos é aposta da Argentina para o Oscar
    Júlia Barbosa
    Júlia Barbosa
    Criada no palco, sempre foi movida pela arte. Defensora ferrenha de Crepúsculo e Ricardo Darín, fala pelos cotovelos sobre as histórias que vemos nas telas e nos bastidores.

    Matem o Jóquei, de Luis Ortega, está em exibição no Festival do Rio 2024.

    O circuito internacional de festivais de cinema é o maior termômetro para a temporada de premiações. O Festival do Rio não é exceção, e todos os olhos estão voltados para as principais apostas para a maior cerimônia da indústria. A Argentina escolheu Matem o Jóquei! para representá-lo nas eliminatórias da Academia pelo Oscar.

    O filme de Luis Ortega faz parte da mostra Première Latina do Festival do Rio 2024 depois de ter sua estreia mundial na Biennale de Veneza, onde venceu o Edipo Re Award e foi finalista do Queer Lion. Ele também participou da seleção do Toronto Film Festival e do Festival Internacional de San Sebastián.

    Agora, El Jockey corre (a cavalo!) contra outros títulos de peso da América Latina e do mundo para ser um dos finalistas da categoria de Melhor Filme Internacional. Um deles é o nosso Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que também já está conquistando seu reconhecimento internacional. A última vitória da Argentina foi com O Segredo dos Seus Olhos, em 2009.

    Qual é a história de Matem o Jóquei?

    Star Distribution

    O jóquei Remo Manfredini (Nahuel Pérez Biscayart) auto-sabota a própria carreira e seu relacionamento com a também ilustre jóquei Abril (Úrsula Corberó). Ao invés de se preparar para a mais importante corrida de sua vida, Remo adquiriu o hábito de beber de dia, prejudicando seu desempenho e o pagamento da dívida que possui com o poderoso mafioso Sirena (Daniel Gimenez Cacho). No dia da corrida, ele sofre um acidente, perde o mais valioso cavalo de Sirena e para em coma no hospital.

    Quando acorda, Remo resolve desaparecer, vagando pela cidade de Buenos Aires sem o peso e a pressão de sua profissão. É com essa recém adquirida liberdade que o jóquei vai buscar sua verdadeira identidade e seu propósito na vida. Enquanto isso, Sirena o caça, desejando encontrá-lo vivo ou morto, e Abril tenta achá-lo antes que seja tarde demais.

    Matem o Jóquei é uma viagem por Buenos Aires e pela identidade

    Por um pouco mais de uma hora e meia, a câmera arrasta e acompanha Remo pelas ruas portenhas e em uma jornada louca pela sua própria identidade. As tiradas de comédia ácida e cenas (no mínimo) bizarras não impedem o público de se comover e de entender que o longa fala sobre a necessidade de se se encontrar, mesmo no meio do caos.

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    “[É um filme] sobre a possibilidade de que não haja uma única identidade nas pessoas, e apesar de tudo se divertir, como se a vida fosse um milagre. Um personagem começa sendo um jóquei famoso, depois uma mulher, um bebê…Sem entender o que está acontecendo”, explicou Luis Ortega em uma coletiva de imprensa no Festival de Veneza.

    Até o momento, El Jockey marca a pontuação perfeita de 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Com uma trilha sonora repleta de sucessos clássicos da música argentina, narrativa surrealista e uma fotografia dinâmica, o longa tem potencial para conquistar os fãs da filmografia de Gaspar Noé (Clímax) e de Yorgos Lanthimos (Pobres Criaturas).

    Matem o Jóquei!
    Matem o Jóquei!
    Criador(es): Luis Ortega
    Com Nahuel Perez Biscayart, Úrsula Corberó, Daniel Giménez Cacho
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