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    Bruce Willis estrelou um filme de ação que foi investigado pelo FBI, tudo graças à engenhosidade de seu roteirista
    Eduardo Silva
    Eduardo Silva
    -Redator
    Jornalista que ama filmes sobre distopias e animes de battle royale. Está sempre assistindo alguma sitcom e poderia passar horas falando sobre Yu Yu Hakusho e Jogos Vorazes.

    Um dos episódios mais icônicos da franquia Duro de Matar sentiu de perto os passos do serviço de segurança dos EUA.

    No universo dos filmes de ação, a saga Duro de Matar deixou uma marca indelével na cultura cinematográfica. Mas por trás de sua icônica terceira parte, Duro de Matar - A Vingança (1995), há uma história intrigante que poucos conhecem: aquela em que um membro da equipe de criação do filme estava sendo investigado pelo FBI.

    Essa história envolve o roteirista Jonathan Hensleigh, conhecido por seu estilo ousado e sua capacidade de misturar ação com diálogos espirituosos. Hensleigh foi responsável por dar vida à terceira parte da saga estrelada por Bruce Willis como John McClane.

    O filme, que também traz Samuel L. Jackson em um papel crucial, não foi apenas um sucesso comercial, mas também revitalizou a franquia. Porém, nos bastidores, Hensleigh se viu em uma situação nada invejável: o FBI o investigava pelo roteiro que deu forma ao enredo do filme.

    D.R.

    A história começa com o roteiro original de Hensleigh, que incluía elementos que alguns consideravam muito próximos da realidade. As tramas de terrorismo e crime, embora fictícias, despertaram o interesse das autoridades. O FBI, preocupado com possíveis conexões entre a trama do filme e certas atividades do crime organizado nos Estados Unidos, decidiu investigar mais a fundo.

    Os rumores indicavam que algumas das ideias do roteirista, embora tiradas de sua imaginação, pareciam refletir táticas que os criminosos poderiam empregar. Essa preocupação fez com que Hensleigh fosse interceptado e entrevistado por agentes do FBI que buscavam esclarecer a natureza de suas inspirações para o roteiro, acreditando que havia um membro da agência que estava lhe fornecendo informações sobre como os assuntos de segurança nacional eram tratados.

    Mas ele não foi o único

    Embora um escritor e roteirista de cinema deva ser um grande pesquisador para apresentar uma história bem elaborada, o Departamento de Polícia de Nova York e o FBI acharam altamente suspeito que Hensleigh soubesse demais, então ele não teve escolha a não ser confessar: foi o designer de produção Jackson De Govia que, sem saber, replicou perfeitamente os cofres do Sistema de Reserva Federal.

    Na entrevista, Hensleigh diz que, na verdade, “tudo foi construído em um palco: as gaiolas e o ouro atrás delas. É assim que o cofre no porão do Federal Reserve em Nova York realmente se parece. Na verdade, este parece um pouco mais sexy, um pouco mais interessante, mas é um pouco assim”.

    Mas as perguntas não pararam por aí. O FBI ficou tão consternado com a precisão do roteiro que questionou o roteirista sobre como ele sabia “que os cofres do Federal Reserve ficavam muito próximos de um terminal subterrâneo e de onde ele tirou a ideia do túnel do aqueduto”.

    Duro de Matar - A Vingança
    Duro de Matar - A Vingança
    Data de lançamento 3 de agosto de 2007 | 2h 11min
    Criador(es): John McTiernan
    Com Bruce Willis, Jeremy Irons, Samuel L. Jackson
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    4,3
    Assista agora em Disney +

    Portanto, as autoridades não só estavam preocupadas em saber como e por que Hensleigh tinha um conhecimento tão grande dos cofres do Federal Reserve Bank, mas também estavam muito interessadas no plano de fuga que ele havia elaborado para seu antagonista.

    “A razão pela qual eu sei que há um ramal subterrâneo bem próximo à caixa-forte e que é possível fazer um túnel por ele é porque nos mostraram os planos e o projeto. E o motivo pelo qual sei que há um túnel de aqueduto que atravessa Manhattan e pelo qual é possível passar esses caminhões é porque li sobre isso na revista dominical do New York Times. Portanto, não sou realmente empregado de terroristas afegãos. Na verdade, não tenho nenhum conhecimento secreto que não deveria ter.”

    A tensão entre ficção e realidade é um tema recorrente no cinema, e o caso de Hensleigh é um exemplo claro de como as histórias podem ressoar assustadoramente no mundo real. Durante esse período, o roteirista afirmou que nunca havia imaginado que seu trabalho pudesse atrair a atenção do FBI. A ironia é que, apesar da seriedade da investigação, Duro de Matar - A Vingança se tornou um clássico do cinema de ação, elogiado por seu ritmo acelerado e inteligência.

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