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    Horizon 2 de Kevin Costner vale a pena? A sequência do filme de faroeste será lançada nos cinemas ainda este ano
    Eduardo Silva
    Eduardo Silva
    -Redator
    Jornalista que ama filmes sobre distopias e animes de battle royale. Está sempre assistindo alguma sitcom e poderia passar horas falando sobre Yu Yu Hakusho e Jogos Vorazes.

    O épico de faroeste Horizon ainda nem chegou aos cinemas brasileiros enquanto a parte 2 já teve sua estreia no Festival de Veneza. Descubra o que esperar da sequência.

    Horizon 2 começa com uma voz vinda do além. Um menino conta a história de como o pai e o tio adquiriram um pedaço de terra no oeste dos Estados Unidos em 1859. Seu rosto curioso olha pela janela da diligência em direção a uma aventura. No entanto, a morte o aguarda em seu destino. O menino será o dono de um dos túmulos que se erguem sobre o vale idílico que atrai tantas pessoas de todos os cantos do país no início da planejada saga de faroeste em quatro partes, escrita e estrelada por Kevin Costner, de Yellowstone.

    No primeiro filme, Horizon: An American Saga - Chapter 1, as cruzes de madeira marcaram o ponto de partida de um passeio de tirar o fôlego pelo Velho Oeste que raramente é filmado: com um conjunto gigantesco de personagens, uma história que se estende por décadas e um clima clássico de faroeste.

    A sequência, que foi exibida ao público pela primeira vez no Festival de Cinema de Veneza, mantém esses elementos básicos. Horizon: An American Saga - Chapter 2 ainda é uma aventura épica de faroeste, mas o filme difere de seu antecessor em vários aspectos, e isso tem vantagens e desvantagens.

    Horizon: An American Saga - Chapter 2
    Horizon: An American Saga - Chapter 2
    3h 10min
    Criador(es): Kevin Costner
    Com Kevin Costner, Sienna Miller, Sam Worthington

    Kevin Costner galopa por uma história ainda mais longa em Horizon 2

    Horizon 2 é nove minutos mais longo do que o primeiro filme e tem uma duração impressionante de 190 minutos. Há muito para contar – e a parte 1 lançou as bases. Durante a Guerra Civil Americana, os colonos seguem para um lugar chamado Horizon, que é vendido pelos especuladores como um paraíso. Porém, na realidade, trata-se de uma importante travessia de rio da qual dependem as tribos indígenas da região. A retaliação é o resultado.

    Tom Payne e Ella Hunt em Horizon 1 Tobis
    Tom Payne e Ella Hunt em Horizon 1

    Frances (Sienna Miller) é uma das colonas que perde o marido e o filho em um ataque de jovens apaches. Na parte 2, ela está pronta para retornar ao local de sua maior perda. Enquanto isso, seu novo amor (Sam Worthington) desaparece do filme para servir na Guerra Civil. Enquanto Frances reconstrói sua vida a partir dos escombros, seu cunhado (Will Patton) viaja pela pradaria com suas três filhas e um grupo de colonos. No entanto, o líder Matthew (Luke Wilson) logo percebe que a jornada perdeu o rumo.

    Enquanto isso, a família Sykes continua a procurar por Marigold (Abbey Lee) e Hayes (Kevin Costner), que se separaram no final da parte 1. Hayes vivencia seu próprio Yellowstone como capataz em uma estação de carregamento de cavalos dirigida por um chefe autoritário à la John Dutton. Enquanto isso, Marigold se esconde em um forro sob um hotel durante grande parte do filme, o que infelizmente desperdiça completamente a personagem mais divertida do primeiro filme.

    As mulheres dominam a segunda parte do épico de faroeste

    Horizon pode ser um projeto de ego, mas você tem que reconhecer o mérito de Kevin Costner: ele não escreveu exatamente um herói radiante para si mesmo. Hayes não é particularmente articulado, nem charmoso. No primeiro filme, ele ronca em uma cena de sexo que faria John Wayne se revirar no túmulo.

    Quando alguém o chama de idiota na parte 2, é difícil discordar. Mas ele sabe manejar uma Colt, o que Hayes pode comprovar em um duelo em Horizon 2. No entanto, o restante do filme é contado de uma forma muito menos espetacular.

    Horizon ofereceu algumas cenas marcantes sobre a violência na fronteira, especialmente o ataque no início da saga, mas também o longo diálogo entre Costner e Jamie Campbell Bower, que culmina em um tiroteio. Horizon 2 carece de clímax intensos. Em vez disso, o foco está quase inteiramente em uma parte da história que precisa ser concluída para levar as pessoas do ponto A ao ponto B.

    Isabelle Fuhrman em Horizon 1 Warner Bros.
    Isabelle Fuhrman em Horizon 1

    Horizon 2 é um filme de transição

    Ao longo do caminho, o filme revela, em várias camadas, como as diferentes comunidades em uma região de fronteira sem lei estabelecem a justiça - ou não. Isso acontece de forma mais dolorosa na amarga história de Juliette (Ella Hunt), que, como membro da tribo de colonos, torna-se vítima dos mais graves abusos, enquanto seus vizinhos ficam de braços cruzados.

    Embora Horizon seja frequentemente descrito como um faroeste clássico que revive o idealismo do gênero, Costner e o co-roteirista Jon Baird estão mais interessados no lado sombrio.

    Por fim, porém, é um filme de transição que se arrasta narrativamente para se preparar para futuros clímax. Você pode se dar ao luxo de fazer isso em uma saga de quatro partes (se ela for concluída). Após a emocionante aventura do primeiro filme, Horizon 2 ainda é um pouco frustrante.

    O lançamento do filme nos EUA estava inicialmente previsto para o dia 16 de agosto, mas foi cancelado após o mal desempenho do primeiro filme nas bilheterias. Resta saber como e quando ele chegará ao Brasil.

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