Em setembro de 1972, em meio às Olimpíadas de Munique, um ataque terrorista é transmitido ao vivo para 900 milhões de pessoas. Um grupo palestino denominado Setembro Negro invadiu a Vila Olímpica, matou dois integrantes da delegação israelense e manteve outros nove como reféns. 21 horas depois, o movimento chegou ao fim, com todos os reféns mortos.
Desta forma, um jovem israelense, revoltado com o ocorrido, recebe de um oficial do Mossad uma ordem sem precedentes: abandonar sua esposa grávida, sua identidade e caçar e matar os 11 homens apontados pela inteligência de Israel como responsáveis pelo atentado.
Para quem não conhece, esta é a premissa de Munique, um longa-metragem de 2005 dirigido por Steven Spielberg. Apesar de aclamado por público e crítica, a produção contou com um péssimo desempenho nas bilheterias, configurando um dos piores reveses do cineasta em termos financeiros.
"Se vocês fizerem esse filme, eu vou pedir demissão": Steven Spielberg ficou tão ofendido com a sequência de Tubarão que fez o projeto ser canceladoSUCESSO DE CRÍTICA MAS FRACASSO DE BILHETERIA
Com um orçamento apontado em 70 milhões de dólares, Munique não performou bem nos cinemas, arrecadando apenas 130 milhões de dólares nas bilheterias mundiais. O resultado causou um considerável prejuízo aos cofres das companhias envolvidas, que precisaram arcar com o rombo causado.
Apesar disso, o filme conquistou a imprensa especializada, sendo indicado a cinco categorias do Oscar no ano de 2006. Infelizmente, Munique saiu da cerimônia de mãos vazias, mas mostrou que o trabalho de Spielberg era, de fato, sólido.
FILME MISTURA REALIDADE E FICÇÃO
Universal Pictures
Vale ressaltar que Munique é parcialmente baseado no livro Vengeance, do jornalista canadense George Jonas, que discorre sobre as ações do Mossad. O longa mistura uma base factual com elementos nem tanto assim, contando a história do atentado real ocorrido na Olimpíada de Munique de 1972.
Após o lançamento, a produção sofreu com algumas críticas por parte dos israelenses, que alegaram que Spielberg e os roteiristas ignoraram/distorceram alguns acontecimentos. O filme também utiliza clipes de notícias verídicas gravadas durante a situação dos reféns, contribuindo para o realismo da trama.
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