Principalmente associados a thrillers de humor ácido e comédias surreais, os irmãos Ethan e Joel Coen também se dedicaram algumas vezes ao gênero faroeste. Depois de uma leve pincelada em Onde os Fracos Não Têm Vez, a dupla lançou seu primeiro título de puro faroeste, Bravura Indômita, em 2010 - seguido por A Balada de Buster Scruggs oito anos depois.
Estrelado por nomes como Brendan Gleeson, Liam Neeson e James Franco, o filme traz um olhar irônico sobre o Velho Oeste - o que, claro, significa que você deve estar preparado para reduções na precisão histórica.
A Balada de Buster Scruggs é um dos 13 filmes que Michael Grauer, especialista em Velho Oeste, examinou de perto para o Insider e avaliou seu nível de realismo. E parece que o filme dos irmãos Coen não é adequado para uma aula de história...
Netflix
“Esse personagem, Buster Scruggs, interpretado por Tim Blake Nelson, é extremamente engraçado. É um cowboy cantor da década de 1930 que aparece de repente no Velho Oeste”, diz Grauer. “Ninguém usava uma roupa assim, foi uma invenção de Roy Rogers e Gene Autry, cowboys do cinema dos anos 30 e 40.”
O historiador também apontou outras inconsistências, como as típicas portas duplas dos salões, que são puramente invenções cinematográficas. Além disso, as lutas de salão geralmente não eram travadas com armas, mas apenas com os punhos nus, e "não duravam muito".
No fim das contas, ele ainda dá ao filme da Netflix 7 de 10 pontos na escala de realismo - já que o filme pinta uma imagem precisa do Velho Oeste em vários aspectos e se desvia conscientemente da realidade. “Eles zombam dos filmes de cowboys cantores dos anos 30 e 40, e de maneira gentil”, conclui Grauer.
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