Quando uma saga existe há várias décadas, é lógico que nem todas as peças sejam da mesma qualidade. Um dos melhores exemplos disso é a série de filmes O Exterminador do Futuro: a franquia começou em 1984 como um drama sombrio de ação e ficção científica e estabeleceu novos padrões para o gênero, que foram quebrados alguns anos depois com a gigantesca sequência O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final, tecnicamente superior a tudo o que havia sido visto na tela até aquele momento.
Depois de um marco tão cinematográfico, as coisas só pioraram. O Exterminador do Futuro 3 - A Rebelião das Máquinas fracassou com o público – a sequência atualmente tem uma audiência de 46% no Rotten Tomatoes – mas pelo menos o “Eu voltarei” ainda foi bem nas bilheterias. Os filmes seguintes, O Exterminador do Futuro - A Salvação e O Exterminador do Futuro: Gênesis, não conseguiram marcar pontos nem com os telespectadores, nem com a imprensa especializada.
“Ninguém se divertiu naquele filme”: Emilia Clarke admite que ficou aliviada com o fracasso deste clássico da ficção científicaTim Miller para O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio: "O filme foi um fracasso!"
A última presença no cinema até o momento, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, foi anunciado em 2019 com muito burburinho na mídia – a atriz de Sarah Connor, Linda Hamilton, o Exterminador Arnold Schwarzenegger e o pai da série, James Cameron, que produziu o filme e forneceu a ideia apoiando. O time dos sonhos dos dois primeiros sucessos finalmente reunido novamente. Mesmo assim, o longa não conseguiu salvar a franquia – e Tim Miller (Deadpool), o diretor de Destino Sombrio, agora admite que estava errado:
"Eu comecei com a crença nerd de que se eu apenas fizesse um bom filme que eu mesmo quisesse ver, ele seria um sucesso. E eu estava errado. Foi um daqueles malditos momentos de Eureka de um jeito ruim, porque o filme foi um fracasso!"
Paramount Pictures
Os fãs adoram o filme
Na San Diego Comic Con, Miller falou sobre como ficou desapontado com o projeto em retrospecto. Seu objetivo sempre foi criar um filme que ele, como fã da franquia com Arnold Schwarzenegger, adorasse. Mas a paixão às vezes não é suficiente, pois Destino Sombrio só conseguiu arrecadar 62 milhões de dólares nos EUA – e teve um desempenho ainda pior do que Gênesis, que foi criticado pela crítica. Mesmo que a bilheteria internacional do longa não o torne um fracasso total (261 milhões em um orçamento de produção de 185 milhões), o estúdio certamente esperava mais.
Então, por que Tim Miller fala sobre esse filme como se fosse a maior decepção de sua carreira? Por causa das críticas negativas? Não necessariamente. Em média, a imprensa especializada deu ao longa uma classificação de satisfatória a boa, e O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio foi visto como uma nova introdução sensata em uma franquia que havia ficado um pouco fora de controle com seu caos de viagens no tempo. E a produção também foi melhor recebida pelos fãs – com 82% de aprovação no Rotten Tomatoes, tornando-se a mais bem avaliada da série desde O Julgamento Final.
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O problema parece estar no escopo do projeto, nas expectativas do estúdio e, acima de tudo, no próprio senso de diretor de Tim Miller. Depois de uma série de filmes ruins, a confiança do público na franquia O Exterminador do Futuro simplesmente foi destruída. Talvez uma produção menor, uma separação clara das partes anteriores e um foco nos elementos centrais da saga tivessem sido melhor recebidos. Esse parece ser o caso de Miller, que continua convencido: “Acho que se você estiver fazendo um filme barato de O Exterminador do Futuro, um bom diretor e uma boa estrela de cinema poderiam torná-lo ótimo. Você poderia fazer isso com fantoches de meia e seria fantástico.”
Paramount Pictures
Edward Furlong, que interpretou o jovem John Connor em O Exterminador do Futuro 2 tem uma mini aparição em Destino Sombrio.
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