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    “Senti que fui um vendido": O filme do qual Jack Black mais se arrepende de ter feito é também um dos maiores de sua carreira
    Diego Souza Carlos
    Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

    Produção foi exibida diversas vezes na TV aberta brasileira.

    Quando pensamos na carreira de Jack Black, invariavelmente Kung Fu Panda e Escola de Rock devem surgir na cabeça de muitas pessoas. Com quase 200 créditos de atuação, incluindo dublagens, participações especiais, filmes, séries e até videogames, o ator tem uma prolífica carreira em Hollywood - e, mesmo com tantos papéis, alguns projetos conseguem se destacar pela nostalgia.

    Diferente da franquia em que dá voz ao Dragão Guerreiro e o icônico filme musical, existe um projeto anterior que se tornou muito popular no início do século, passou exaustivamente na Sessão da Tarde e representa um grande arrependimento na vida do ator: O Amor É Cego, comédia romântica lançada em 2001.

    20th century Fox

    A trama acompanha Hal (Black), um homem que segue à risca o conselho de seu pai e apenas se interessa por mulheres que tenham um físico perfeito. Mas tudo muda quando ele por acaso se encontra com Anthony Robbins, um guru de autoajuda que o hipnotiza e faz com que ele apenas possa visualizar a beleza interior das mulheres, em detrimento de seu físico.

    Sem saber que está sob o efeito de hipnose, Hal então se apaixona por Rosemary (Gwyneth Paltrow), uma mulher obesa que é vista por ele como se fosse uma verdadeira deusa. Até que, após ser retirado da hipnose por seu amigo Mauricio (Jason Alexander), ele passa a ver como Rosemary é de verdade fisicamente e precisa tomar uma decisão sobre seu relacionamento com ela.

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    Em entrevista ao The Guardian em 2006, o ator revelou arrependimento pelo trabalho, embora tenha conquistado um bom salário pelo trabalho. "Tive a oportunidade de trabalhar com alguns caras que achei muito engraçados, mas não saiu como eu esperava, não fiquei orgulhoso disso e recebi muito dinheiro, então, em retrospecto, senti que fui um vendido", disse ele.

    Paltrow, par romântico de Black no filme, disse que o projeto faz parte das suas decisões "de m*rda" em sua vida profissional. "No primeiro dia em que experimentei o fat suit [traje que emula o corpo gordo], eu estava no Tribeca Grand e andei pelo saguão", disse ela. "Foi tão triste. Foi tão perturbador. Ninguém fazia contato visual comigo porque eu era obesa. Eu me senti humilhada. Por algum motivo, as roupas que eles fazem para mulheres acima do peso são horríveis. Eu me senti humilhada porque as pessoas eram realmente desdenhosas."

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    O comentário dos artistas corrobora com diversas críticas ao filme, que estimula a gordofobia através da comédia. Embora muitas questões tenham avançado ao longo das últimas décadas, o fat suit, por exemplo, ainda é uma prática comum em Hollywood.

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