Em Hollywood, as sagas de filmes geralmente são planejadas com bastante antecedência. Mentes criativas se reúnem e elaboram um plano de como os personagens e a história podem se desenvolver em futuras sequências e spin-offs, especialmente em uma era de universos cinematográficos como Marvel & Cia.
Mas também há exceções – e uma delas é a trilogia X. Como uma declaração de amor ao clássico do gênero O Massacre da Serra Elétrica, o longa-metragem X - A Marca da Morte estreou nos cinemas dos EUA em março de 2022 e se tornou um sucesso surpreendente.
Apenas seis meses depois, a prequela Pearl foi lançada, abrindo caminho para o terceiro e último capítulo da saga X: MaXXXine, que estreou nos cinemas brasileiros em 11 de julho.
MaXXXine é um final realmente forte para a trilogia X
Depois da prequela Pearl, MaXXXine dá continuidade ao filme original como uma sequência clássica. A história nos leva a Los Angeles em 1985, onde Maxine Minx (Mia Goth), a única sobrevivente do Texas Pornhouse Massacre, persegue sua carreira de atriz com grande afinco. Porém, o sucesso demora a chegar.
Até o momento, Maxine só pode apontar várias aparições em filmes pornôs. Ela está muito longe das grandes estreias de Hollywood. Somente quando ganha o papel principal em uma audição para a polêmica sequência de terror The Puritan II é que a carreira dela decola.
Mas Los Angeles está obcecada por outra sensação: um misterioso assassino, conhecido como Night Stalker, está aterrorizando a cidade. Alguns dos amigos de Maxine também morreram nas mãos do serial killer, mas ela não quer colaborar com a polícia em hipótese alguma. Antes que perceba, Maxine se encontra em um sonho febril e sanguinário de Hollywood.
Ti West se aventura em um dos locais mais icônicos do terror em MaXXXine
MaXXXine foi dirigido por Ti West, que já havia trazido as duas primeiras partes da saga X para o cinema. Depois de fazer uma reverência ao cinema slasher dos anos 1970 em X e apresentar um musical Technicolor secreto à la O Mágico de Oz com Pearl, ele agora se aventura na década seguinte e conta a história de um filme de paranoia de um serial killer.
O filme é rico em referências cinematográficas e, assim como seus antecessores, é uma história sobre cinema. Ao chegar a Hollywood, Maxine logo percebe que não se trata de uma fábrica de sonhos; em vez disso, ela é perseguida pelos cenários de filmes de faroeste, tropeça nas ruas de um cenário de Nova York e, finalmente, acaba bem em frente aos degraus da casa onde Alfred Hitchcock já estava perturbando as pessoas em 1960: Bates Motel.
No entanto, MaXXXine não é apenas uma retrospectiva de um antigo cinema de terror; como em seus sucessos de autor The House of the Devil e The Innkeepers, West transforma seu amor incondicional pelo gênero em algo extremamente empolgante e divertido, que só é familiar até certo ponto. Por último, mas não menos importante, ele criou um dos novos personagens mais intrigantes do cinema de terror: Maxine.
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