Alguns atores são capazes de salvar uma produção que Hollywood quis descartar por não ser tão lucrativo. É justamente seu carisma e força de vontade que acabam sendo relevantes para que a produção ganhe luz verde e, claro, a atenção do público. É assim que surgem títulos como o faroeste Relatos do Mundo.
Liderado por Tom Hanks, o filme disponível na Netflix foi dirigido por Paul Greengrass e lançado há alguns anos, endossando uma sólida colaboração que teve início quase uma década antes com o sensacional Capitão Phillips.
Universal
Hanks interpreta Jefferson Kyle Kidd, um veterano confederado que, cinco anos após o fim da Guerra Civil, se dedica a ser apresentador de telejornal. Kidd vai de cidade em cidade, contando histórias que acontecem em outros cantos do mundo para que se tornem de conhecimento público. Durante suas viagens ele conhece Johanna (Helena Zengel), uma menina de 10 anos que foi sequestrada por uma tribo e deve retornar aos seus responsáveis legais.
Com uma estrutura mais próxima a um road movie do que uma aventura clássica, Greengrass e Hanks fazem uma mistura curiosa que acaba não caindo na versão mais canônica do faroeste - fator também reforçado pelas características visuais de Greengrass, que usa fotografia digital e geralmente rejeita tripés para conseguir seu amado efeito de câmera portátil.
É uma história íntima e até inocente, razão pela qual o filme é relativamente esquecido. Mesmo assim, Relatos do Mundo é um filme eficaz, comovente e não tão fácil de assistir. Talvez seja por isso que precisamos de estrelas como Hanks, capazes de insistir para que esses títulos sejam feitos.
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