Os pais de Riley são os verdadeiros vilões de Divertida Mente 2?

19 de jun. de 2024 às 13:21

Giovanna Ribeiro

-Redatora e Crítica

Aprendeu com Amélie Poulain a ir ao cinema sozinha às sextas e observar a reação do público. Mas, no fundo, queria mesmo era ser o Rocky Balboa.

Isso poderia explicar o comportamento insistente de Alegria em relação a outras emoções.

Após nove longos anos, a espera para assistir a Divertida Mente 2 finalmente terminou e, antes mesmo de chegar ao Brasil, o lançamento do novo filme da Disney e da Pixar já pode ser considerado um enorme sucesso em todo o mundo.

Desta vez, a pequena Riley não é mais a mesma garotinha que conhecemos há quase uma década, pois ela acabou de entrar na adolescência. Como resultado, sua mente também passou por mudanças - o que isso significa? Que agora ela começará a experimentar novas emoções e sensações, e é por isso que Ansiedade, Inveja, Vergonha e Tédio são alguns dos novos personagens que conheceremos.

Foi no primeiro filme que conhecemos Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho, sendo Alegria a líder do grupo de emoções. Como o nome sugere, Alegria está sempre procurando maneiras de manter Riley feliz, tendo até uma atitude um tanto autoritária, pois não permite que as outras emoções se manifestem (especialmente a Tristeza). Alegria argumenta que não quer ver sua amada Riley sofrer e fará o que for preciso para vê-la feliz. Mas você já se perguntou por que Alegria age dessa forma?

Os pais de Riley sempre demonstraram imenso amor pela filha, mas, como ela não têm irmãos, é compreensível que Riley seja um pouco superprotegida. Seus pais sempre querem o melhor para ela, mesmo que isso signifique reprimir outras emoções que não envolvam felicidade.

Se pensarmos bem, mamãe e papai sempre apelidaram Riley de "nossa garotinha feliz". Em uma cena do primeiro filme, a mãe conversa com Riley, dizendo-lhe que, apesar de todos os problemas pelos quais passaram como família, ela sempre foi uma criança feliz. Assim, talvez inconscientemente, a menina se sentiu limitada em sua capacidade de expressar medo, raiva, decepção, desconforto e, acima de tudo, tristeza.

Portanto, em seu subconsciente, Riley provavelmente se "autoprogramou" para se sentir feliz em todos os momentos, e isso poderia explicar o porquê do comportamento incisivo de Alegria em relação aos colegas. Você concorda com essa teoria? Você acha que os pais de Riley a prejudicaram ao tentar superprotegê-la?

Divertida Mente 2 estreia em 20 de junho nos cinemas brasileiros.