Martin Scorsese é um homem conhecido por suas falas polêmicas. Se em algumas entrevistas ele ficou marcado por criticar determinadas manias da indústria cinematográfica, nem só de desaprovação vive o diretor, elogiando, também, sua parcela de produções.
Durante o breve período em que trabalhou na DirectTV, Scorsese escreveu uma crítica para o que chamou de “o filme mais aterrorizante” de Kiyoshi Kurosawa. Em 1997, o cineasta japonês lançou um longa-metragem de terror psicológico que conseguiu causar arrepios na espinha de Martin, intitulado no Brasil de A Cura.
“Este é um dos melhores filmes do extremamente talentoso Kiyoshi Kurosawa… Ele é um mestre absoluto em luz, enquadramento e ritmo, e tem tanto controle sobre todos os três que há momentos em seus filmes em que o menor gesto no canto do quadro causará um arrepio na espinha”, coloca o criador de Gangues de Nova York.
“Seus filmes estão cheios de um pavor estranho. Em muitos deles, algo aconteceu, ninguém sabe exatamente o quê, como ou com que propósito: a realidade permanece intocada, exceto por um ou dois pequenos e perturbadores detalhes, que se transformam em violência e irracionalidade”, acrescenta.
“Junto com Pulse, que é sobre fantasmas na Internet, A Cura é seu filme mais aterrorizante… Há imagens e momentos surpreendentes nesta obra que irão assombrá-lo por muito tempo, e suponho que devo dizer que não é para os fracos de coração. Mas seja corajoso, porque vale a pena. Kurosawa é um grande cineasta”, completa.
"Diga isso aos bilhões que assistem": Chris Hemsworth rebate críticas de Martin Scorsese e Francis Ford Coppola aos filmes da MarvelPara quem não conhece, Kurosawa é um diretor que se destacou bastante no final dos anos 90 e início dos anos 2000. Ele é responsável por algumas das obras mais perturbadoras do cinema japonês, comandando títulos como Sweet Home, Serpent’s Path, Seance e Creepy.
Em A Cura, uma onda de assassinatos horríveis está varrendo Tóquio. A única conexão é um X esculpido no pescoço de cada uma das vítimas. Em cada caso, o assassino é encontrado perto do morto e não se lembra de nada do que aconteceu. O detetive Takabe e o psicólogo Sakuma são então chamados para descobrir a conexão existente entre os crimes, mergulhando em uma perigosa jornada investigativa.
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