Indicado três vezes ao Oscar entre 1992 e 2012, Nick Nolte teve um trajetória atribulada: no início dos anos 2000, foi detido por dirigir sob o efeito de álcool, acusação que não refutou e pela qual foi condenado a 3 anos de liberdade provisória e a uma série de compensações.
O que nem todos sabem é que, 40 anos antes, ele poderia ter tido um problema MUITO mais grave: se a sentença que recebeu tivesse sido mantida, sua carreira de ator, que só começou no final dos anos 60, nunca teria acontecido.
Em 1961, aos 20 anos, e antes que um juiz tivesse pena dele e suspendesse sua sentença, Nick Nolte foi preso e condenado a uma multa de 75 mil dólares e 45 anos de prisão por vender carteiras de identidade falsas. Felizmente, para o então futuro ator, a pena inicial foi suspensa, mas sob dura advertência do juiz: caso fosse pego novamente por qualquer outro crime, seria preso nas condições originais de sua pena.
Hoje com 83 anos, Nick Nolte já trabalhou em mais de 70 filmes e foi indicado ao Oscar por O Príncipe das Marés, Temporada de Caça e Guerreiro. Em 2018, abordou os problemas com a lei em seu livro de memórias. “A melhor maneira de lidar com os maiores erros da vida é falar sobre eles. Com todos, inclusive com Deus”, disse em entrevista à Associated Press (via Sensacine).
A autobiografia traça a ascensão do ator, um atleta do meio-oeste americano que mais tarde ganhou fama ao trocar suas atuações no palco por filmes: “Sempre gostei muito de atuar porque envolve correr riscos”. Em suas memórias, Nolte confessou, por exemplo, que consumiu heroína de verdade durante as filmagens de Lance de Sorte para melhor encarnar um viciado em heroína.
Em relação à sua prisão anterior, Nolte disse ao FutureMovies que foi alvo de tentativa de extorsão. “Meu agente recebeu uma ligação do The Enquirer dizendo: 'vamos expor isso [a condenação] e arruinar sua carreira ou queremos um ano de entrevistas’. Ele me ligou imediatamente: 'eles vão destruir você, você tem que dar entrevistas por um ano”’, contou.
"Desliguei para pensar, liguei para Rona [Barrett, colunista de fofoca] e fui ao programa dela para explicar tudo no ar: 'em 1965, vendi documentos falsos e eles me deram 45 anos de prisão e uma multa de 75 mil dólares’. Isso desarmou a situação toda”, pontuou.
*Conteúdo Global AdoroCinema
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