Mesmo os fãs obstinados de Jackie Chan têm que admitir que o trabalho recente do superastro das artes marciais tem pouco a ver com seus clássicos lendários como O Mestre Invencível e Police Story ou um de seus maiores sucessos, A Hora do Rush. Mas com Bons Companheiros, Chan está agora a regressar às suas raízes, até certo ponto, e de várias maneiras.
Em contraste com alguns dos últimos filmes de Jackie Chan, a mistura de ação, drama e comédia vem sem (quase) nenhum exagero de CGI. Além disso, Bons Companheiros atinge um nível meta em termos de conteúdo, o que sempre divertirá e emocionará os fãs da lenda em particular. Afinal, o agora com 70 anos interpreta um dublê que já foi bem-sucedido e que há muito viu seus melhores dias.
Bons Companheiros está disponível para aluguel e compra no Prime Video e Apple TV.
Nem Karatê Kid, nem A Hora do Rush: Maior bilheteria de Jackie Chan é de franquia que começou em 2008Bons Companheiros: Jackie Chan (quase) como antes
Seja no Rotten Tomatoes, MetaCritic ou IMDb , os números de Bons Companheiros falam por si e prometem o melhor filme de Jackie Chan em anos. Mas será que é realmente esse o caso?
Bem, embora a aventura do dublê receba 3,6 estrelas dos usuários do AdoroCinema, Bons Companheiros é melhor do que qualquer coisa que Jackie Chan fez, pelo menos nos últimos cinco anos – com exceção de filmes de animação e documentários.
A criatividade das cenas de ação lembra definitivamente a filmografia de Chan, mesmo que, com quase 70 anos, ele não seja mais tão ágil como antes. A variedade não é fornecida apenas pelos vários takes do filme - desde épicos históricos a filmes de ação policial - nos quais Chan se deixa levar, mas acima de tudo por uma mistura de novas cenas e algumas das mais espetaculares performances de artes marciais da carreira de Jackie Chan, que, na forma de vários trechos, causam em partes iguais entusiasmo e tristeza.
Alibaba Pictures Group
Os fãs das cenas de ação e das acrobacias fracassadas que serviram como créditos finais nos filmes de Jackie Chan por muitos anos, na verdade, farão com que seu dinheiro valha a pena durante o longa desta vez. No geral, Bons Companheiros funciona no nível emocional, mas principalmente quando foca nos paralelos entre as histórias do dublê Luo e Chan. Aqui e ali teria havido um pouco menos de exagero, mas ainda assim iria irritar os fãs da lenda das artes marciais. Afinal, há muita verdade nessas filmagens.
Qualquer um que possa ignorar o fato de que efeitos digitais isolados, como um salto com um cavalo, não funcionam muito bem - e isto num filme em que Luo e, até certo ponto, o próprio Chan, falam abertamente contra o CGI e a favor do feito à mão - terá um digno canto do cisne sobre Jackie Chan e seu trabalho.
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