O candidato a filme do ano e um dos mais esperados de 2024 finalmente chegou aos cinemas nesta quinta-feira (18). O esmagador road movie de guerra de Alex Garland (Ex_Machina), Guerra Civil, já chega causando polêmicas por sua abordagem distópica de uma trama política em plena guerra civil nos Estados Unidos.
Mas o cineasta britânico não está preocupado em poupar saliva para defender sua obra e ainda aproveita para trazer algumas reflexões sobre o atual cenário do cinema em um recente evento para a Academia Espanhola de Artes e Ciências Cinematográficas.
Um dos temas abordados durante a apresentação foi a surpreendente recepção de Guerra Civil na bilheteria americana, onde começou sua jornada com 25,7 milhões de dólares, derrubando Godzilla e Kong: O Novo Império do primeiro lugar e quase dobrando a bilheteria de Hereditário em 2018 durante seu primeiro fim de semana, tornando-se assim a melhor estreia de uma produção da A24 até o momento.
Garland analisa esses bons dados com certo otimismo e com a ideia de que o público está mudando seus hábitos de consumo, sugerindo que a era dos super-heróis está chegando ao fim e que os grandes estúdios estão passando por uma transformação.
O público está mudando da Marvel. No ano passado, o que triunfou foi Oppenheimer e Barbie: o público está mudando, os estúdios também, embora talvez não tanto. E há dez anos seria impossível filmar um filme como Guerra Civil.
O diretor ainda explicou como a concepção do projeto partiu de uma sensação muito concreta: "Sentia muita raiva e decidi canalizá-la em algo construtivo, como fazer um filme".
Um sentimento provocado, em parte, por essa polarização da esfera política projetada sobre a sociedade que serve de gatilho para o conflito armado de Guerra Civil: "Tenho medo de ver o aumento do extremismo e que a imprensa tenha perdido seu poder", afirmou.
“Nenhum país está imune”: Para o cineasta Alex Garland, Guerra Civil não faz uma crítica apenas aos EUAGarland ainda compartilhou querer que seu filme "seja como as fotos daqueles fotojornalistas de antigamente, sem mais julgamento do que o que se vê na própria imagem", e se há algo que brilha especialmente no filme, é a maneira como forma, narrativa e discurso se unem em um todo canalizado pela figura do repórter gráfico e do fotojornalismo.
Os enquadramentos e a composição dos planos evocam o trabalho desses profissionais, enquanto o tratamento do drama foge de explosões emocionais e manipulações, permitindo que seja o espectador quem tire conclusões com base apenas no que é projetado na tela.
Qual a história de Guerra Civil?
A trama apresenta uma mistura de ação e suspense, ambientado em um futuro não tão distante, quando uma guerra civil se instaura nos Estados Unidos. Neste cenário, uma equipe pioneira de jornalistas de guerra, onde estão Lee (Kirsten Dunst) e seu colega de trabalho Joel (Wagner Moura), viajam pelo país para registrar a dimensão e a situação de um cenário violento que tomou as ruas em uma rápida escalada
O filme está em exibição nos cinemas.
*Tradução de site parceiro do AdoroCinema
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