Pode até ser uma coincidência que Guerra Civil seja lançado no mesmo ano da eleição presidencial norte-americana, mas é difícil não comparar a ficção científica de Alex Garland com a realidade. Para Kirsten Dunst, que estrela o filme ao lado de Wagner Moura, as semelhanças são aterrorizantes. O lançamento de Guerra Civil nos cinemas brasileiros está marcado para 18 de abril.
O medo não é à toa, visto que o longa da A24 se passa em um futuro próximo no qual uma equipe de jornalistas viaja pelos Estados Unidos documentando a guerra civil que eclode por todo o território nacional. De repente, o trabalho do time de imprensa se transforma em uma guerra de sobrevivência quando eles também se tornam o alvo.
Uma das primeiras comparações a surgir na Internet foi a do chefe de Estado vivido por Nick Offerman com o ex-presidente, e atual candidato à Casa Branca, Donald Trump. Na trama, o pontapé do conflito é dado quando o presidente acaba com o FBI, autoriza ataques de drones contra civis e se tranca no Salão Oval protegido por soldados que usam cruzes em seu nome.
"Fiquei realmente destruído": Wagner Moura exalta experiência em Guerra Civil e faz paralelos do filme da A24 com o BrasilDunst, que interpreta a repórter Lee, evita o paralelo direto entre o político fictício e Trump: “É só um presidente fascista. Mas não pensei que o personagem de Nick fosse uma figura política específica. Eu apenas pensei que é este presidente, neste mundo, que não respeitará a Constituição e a democracia”, afirmou à Variety.
A atriz disse isso porque o próprio Garland disse à revista ainda este ano que não deu respostas sobre o roteiro ao elenco, a não ser que fizessem questionamentos específicos: “Eu tenho minhas próprias respostas para essas perguntas. E se alguém me perguntasse, eu responderia. Mas se Kirsten não me perguntasse, eu não responderia”.
Kirsten Dunst e Wagner Moura definem Guerra Civil como um alerta
Ainda não há muito revelado sobre o contexto por trás de Guerra Civil. Não se sabe exatamente quais são os lados rivais ou o motivo do conflito, por exemplo. Porém, os protagonistas e o diretor já disseram algumas vezes que o filme é um alerta para o futuro da democracia e da nossa sociedade.
“Este filme é tão assustador e eficaz porque se passa nos Estados Unidos, um lugar onde você acha que isso nunca poderia acontecer. Parece muito real, é como um aviso ou uma fábula sobre o que acontece quando as pessoas erradas estão no poder”, comentou Dunst em entrevista à GQ.
Wagner Moura, por outro lado, argumentou ao The Hollywood Reporter que é justamente essa sensação de segurança dos estadunidenses que torna o longa tão chocante: “Acho que às vezes os americanos não dão o devido valor à democracia porque estão muito habituados a ela. Eu sei que é por isso que Guerra Civil é assustador”, enfatizou o brasileiro.
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