"Fiquei realmente destruído": Wagner Moura exalta experiência em Guerra Civil e faz paralelos do filme da A24 com o Brasil

Com distribuição da Diamond, produção chega aos cinemas brasileiros em abril.

Uma das grandes estrelas do cinema nacional e internacional, Wagner Moura está em sua segunda produção hollywoodiana neste ano. Após estrelar dois episódios de Sr. e Sra. Smith, série do Prime Video criada por Donald Glover, o ator será visto em Guerra Civil, novo projeto da A24.

Son direção de Alex Garland, cineasta conhecido por Extermínio, Ex-Machina e Aniquilação, o longa tem ganhado notoriedade após a primeira exibição mundial, no Festival SXSW. Estrelado também por Kirsten Dunst, o longa chega ao Brasil pela Diamond com uma narrativa tomada por uma distopia que não se afasta tanto da nossa realidade.

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A trama acompanha um grupo de jornalistas que percorre os Estados Unidos durante um intenso conflito que envolve toda a nação. Além de da dupla de protagonistas, o elenco do filme conta ainda com nomes como Cailee Spaeny, Stephen McKinley Henderson, Jesse Plemons e Nick Offerman.

Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Wagner Moura deu alguns detalhes sobre as gravações do projeto, citando uma das sequências mais amedrontadoras do projeto. Próximo do ato final, Jesse Plemons questiona o personagem do ator "Que tipo de americano você é?", algo que mexeu com o artista em diferentes níveis. “Fiquei realmente destruído depois”, contou. “Filmamos essa parte por dois dias e depois deitei na grama e chorei.”

Moura contou ao veículo que não sabia muita coisa sobre o filme quando começaram as negociações, mas tudo mudou ao ler o roteiro. "Na primeira vez que o li realmente senti que não era um projeto comum. Sou uma pessoa muito política – o único filme que dirigi até agora também foi um filme muito político – então isso foi muito meu", disse ele relembrando a direção de Marighella.

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Ainda na questão política, Wagner relacionou as discussões da política nacional, com citações a eventos recentes, para falar sobre Guerra Civil. "Eu sou do Brasil e lá é muito polarizado também. Tivemos uma reação semelhante às nossas últimas eleições, onde as pessoas não aceitaram os resultados e invadiram, mas o país foi muito rápido a mandar pessoas para a prisão porque estiveram sob uma forte ditadura durante 20 anos", disse.

"Eles sabem o que é um regime autoritário. Eu nasci nesse período. Eles entendem que a democracia não é um dado adquirido. Acho que às vezes os americanos consideram a democracia garantida porque estão muito habituados a ela. Eu me preocupo com este país e com o que acontece com seu governo. Eu sei que é por isso que a Guerra Civil é assustadora. Não é uma invasão alienígena, como o Independence Day. Parece muito realista", concluiu.