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    430 filmes, 35 indicações e 8 Oscars: Ela é uma lenda do cinema (e não é Meryl Streep)
    Eduardo Silva
    Eduardo Silva
    -Redator
    Jornalista que ama filmes sobre distopias e animes de battle royale. Está sempre assistindo alguma sitcom e poderia passar horas falando sobre Yu Yu Hakusho e Jogos Vorazes.

    De 1925 a 1982, ela trabalhou seis décadas nos maiores clássicos do cinema, ganhando oito estatuetas e inventando o glamour de Hollywood. Uma retrospectiva da vida e obra da figurinista Edith Head.

    Em uma carreira de mais de 50 anos, o sobrenome dela era sinônimo de elegância absoluta em Hollywood. Ela foi uma inspiração para a moda, quebrando os códigos de vestimenta para impor os seus próprios. Foi a confidente inestimável de muitas atrizes da era de ouro de Hollywood, incluindo Grace Kelly, Audrey Hepburn e Bette Davis, e muitas delas exigiam nos contratos que ela fizesse os figurinos de seus filmes.

    Ela trabalhou em mais de 440 filmes e criou quase 700 figurinos ao longo de sua carreira. Também tem a honra de ser, junto a Walt Disney, a personalidade mais bem-sucedida na história do Oscar, com 8 estatuetas em 35 indicações, e até conseguiu a façanha de ganhar dois Oscars no mesmo ano, em 1951.

    Um pelos figurinos do filme colorido Sansão e Dalila e o outro pelo filme em preto e branco A Malvada (na época, dois Oscars separados eram concedidos nessa categoria, dependendo se o filme era em preto e branco ou colorido).

    “Ela” é, obviamente, Edith Head, a lendária figurinista.

    Uma pioneira autodidata

    oscars.org

    Nascida na Califórnia, em 1897, nada predestinava Edith Claire Posener, a princípio, a uma carreira em Hollywood. Formada em literatura e idiomas (inclusive francês) pelas prestigiadas universidades de Berkeley e Stanford, Edith Head começou a dar aulas de francês como professora substituta.

    Em 1924, aos 26 anos, e apesar de não ter nenhuma experiência em criação e design de figurinos, aceitou uma oferta de emprego como desenhista no departamento de figurinos dos estúdios Paramount. Ela criou seu primeiro figurino para um filme mudo em 1925, The Wanderer. Seu trabalho acabou sendo notado no filme Uma Loira para Três, em 1933, para o qual desenhou o vestido de Mae West.

    Em 1938, tornou-se a primeira mulher a chefiar o departamento de figurino de uma grande empresa cinematográfica. Edith Head exerceu sua genialidade por 43 anos na Paramount, antes de ir para a Universal em 1967, aos 70 anos de idade. Provavelmente para se juntar ao amigo Alfred Hitchcock, com quem trabalhou em onze filmes.

    Vestido sem alças

    Entre suas fabulosas criações, destaca-se o famoso vestido branco que ela criou em 1951 para Elisabeth Taylor no filme Um Lugar ao Sol, e pelo qual ganhou seu terceiro Oscar. Foi uma revolução: o primeiro vestido sem alças. O sucesso foi tão grande que foi copiado por todos os estilistas e costureiros da época.

    Ficou tão famoso que se tornou um best-seller para casamentos e bailes de fim de ano em escolas de ensino médio americanas. Até hoje, ele continua sendo um modelo. Abaixo, um trecho do filme Um Lugar ao Sol, no qual Elizabeth Taylor aparece com seu famoso vestido.

    O talento de Edith Head não se limitava à criação de figurinos para filmes. As atrizes também não demoraram a pedir que ela criasse vestidos para cerimônias, especialmente o Oscar.

    Audrey Hepburn, Grace Kelly...

    Suas criações mais famosas foram os vestidos desenhados para Audrey Hepburn (com modificações feitas por Hubert de Givenchy), para o Oscar de 1954, e para Grace Kelly, em 1955. Esse vestido azul pastel foi considerado, por muito tempo, um dos mais caros já criados, custando 4.000 mil dólares na época somente para as matérias-primas.

    Abaixo, a própria Edith Head apresentando os testes de figurino de Audrey Hepburn para o clássico A Princesa e o Plebeu:

    Homenagem pós-morte

    “Meu credo é fazer o público notar os atores, e não as roupas”, disse Edith Head maliciosamente. Ela trabalhou dessa forma quase até o fim de sua vida, quando morreu em outubro de 1981, aos 83 anos.

    O último filme em que trabalhou foi Cliente Morto Não Paga, lançado em 1982. O filme também é dedicado a ela. Uma homenagem pós-morte a uma rainha da elegância de Hollywood que, curiosamente, nunca gostou de usar nada além dessas quatro cores: preto, branco, bege e marrom.

    Cliente Morto Não Paga
    Cliente Morto Não Paga
    Data de lançamento 22 de julho de 2022 | 1h 31min
    Criador(es): Carl Reiner
    Com Carl Reiner, Steve Martin, Rachel Ward
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