Zack Snyder não para. Depois de deixar meio mundo de boca aberta ao declarar que seu filme Rebel Moon foi mais visto do que Barbie, e que, se tivesse sido lançado nos cinemas e não na Netflix, “teria arrecadado 1,6 bilhão de dólares”, o cineasta deu algumas declarações sobre um dos aspectos mais controversos de sua passagem pela DC.
Matar ou não matar?
Warner Bros.
Em 2016, o diretor dirigiu Batman vs Superman: A Origem da Justiça, um filme no qual o Cavaleiro das Trevas mata alguns vilões. O problema, para alguns espectadores, está com o Batman de Snyder quebrando o código moral do personagem associado ao cânone e optando por matar impiedosamente seus rivais em cenas como a luta no armazém.
Esse fato fez com que alguns fãs da DC lançassem uma tempestade de posts contra Snyder, algo que o diretor associa à paixão do fandom, com a qual ele também se identifica.
“Para muitas pessoas, é um estilo de vida que elas escolheram. Não é como se eu tivesse feito uma comédia romântica. As pessoas que amam [filmes de super-heróis]. Eu adoro o fato de que elas vivem isso com tanta paixão. Não vou criticar isso de forma alguma porque vivo a mesma vida. Para esses caras, não é apenas um filme. E, de certa forma, você tem que reconhecer que é a religião deles e que eles a vivem. É a minha religião também.”
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O diretor também acredita que “tende a se meter em problemas” devido à maneira como “usa um ponto de vista desconstrutivista”.
As pessoas sempre dizem: ‘o Batman não pode matar’. Então, o fato de o Batman não poder matar é canônico. E eu digo: ‘ok, bem, a primeira coisa que acontece quando você diz isso é que eu quero ver o que aconteceria’.
“E eles dizem: ‘bom, não o coloque em uma situação em que ele tenha que matar alguém’. E eu digo: ‘isso seria proteger seu deus de uma forma estranha, não seria? Você está tornando seu deus irrelevante’.”
Snyder acredita que os fãs não querem ver seus heróis “em uma situação em que ele não possa vencer, porque eles não querem vê-los perder”, mas ele deixa claro que não tem interesse em um super-herói que “precisa manter seu status de divindade”. O que está claro é que poucas coisas são mais interessantes, quando se trata de adaptações, do que quando um autor, seja qual for o meio, abraça o material original e contribui com seu ponto de vista e afiliações sobre ele.
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