Alguns filmes de ação podem ser facilmente considerados clássicos com poucos que discordem, veja Duro de Matar e Mad Max, por exemplo. Mas outras obras com potencial não chegam nem perto de receber tal título, apesar de agradar uma boa parte do público e entregar tudo o que uma peça do gênero deveria ter.
Em 2005, John Singleton fez Quatro Irmãos, uma história dramática que toma caminhos quase que inimagináveis. No longa, Mark Wahlberg, Tyrese Gibson, o icônico Roman Pearce de Velozes e Furiosos, André 3000 e Garrett Hedlund são irmãos que foram adotados por Evelyn Mercer (Fionnula Flanagan) mas que não vivem mais juntos.
Quando sua mãe adotiva é morta durante um assalto mal sucedido em uma loja de conveniência, Bobby, Jeremiah, Angel e Jack se reúnem para o funeral e a fim de entender o que realmente aconteceu, decidem ir atrás dos assassinos, descobrindo que há muito mais informação por trás dessa história.
Um agente secreto, muita ação e um vilão implacável: O "novo 007" de Mark Wahlberg já está disponível no streamingEnquanto os Mercer vasculham as ruas de Detroit em busca de respostas, a ação constante prende a atenção do início ao fim. Em meio às cenas de combate, perseguições de carro no meio da madrugada e invasões a bares, Singleton conseguiu espaço para falar sobre racismo, etarismo e a relação dos irmãos que vai sendo reconstruída durante o processo, além do despertar de um lado sombrio que pode surgir através da sede de vingança.
Por que Quatro Irmãos merece uma segunda chance?
Com muito do que um bom filme de ação deve ter, Quatro Irmãos também possui outras qualidades que tornam o conjunto ainda mais interessante, fazendo com que seja um boa experiência e uma das melhores tramas de vingança até hoje. Além da direção minuciosa de Singleton que carrega Shaft, Velozes e Furiosos 2 e Boyz n the Hood no currículo, a escolha do elenco também ajuda bastante.
A sintonia dos atores, somada à representação do clima tenso da cidade de Detroit dos anos 2000, completa os detalhes que fazem a obra merecer uma segunda chance. Como se não bastasse, o drama familiar é levemente inspirado no clássico de faroeste de Henry Hathaway: “The Sons of Katie Elder” (1965), o que confirma que essa história tinha tudo para conquistar o posto de cult.
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