Embora haja rejeição por parte do público a tudo o que cheira a pretensão em determinado cinema, especialmente ao terror, estão a surgir algumas obras louváveis e de ambição interessante. Vários deles estão forjando as bases dos cineastas mais interessantes do momento, como pode ser o caso de O Farol.
Um confinamento enlouquecedor
O filme do singular Robert Eggers, com os imensuráveis Robert Pattinson e Willem Dafoe, é um dos melhores filmes do cinema de gênero recente. Uma imensa obra de influência expressionista e literária que está disponível para aluguel no Prime Video e Apple TV.
O Farol: Entenda a importância e o significado do filme de terrorNo filme vemos como dois homens são enviados para uma ilha remota, com um farol que ilumina os mares em meio a um clima normalmente adverso. O mais novo começa como faroleiro, enquanto o mais velho aproveita o cargo para ficar exclusivamente encarregado da luz e delegar as tarefas mais desagradáveis. A convivência se tornará mais rara e a percepção da realidade será alterada face ao confinamento prolongado.
A parte do confinamento tornou-se especialmente relevante logo após a sua estreia, com a pandemia global a forçar a quarentena. Mas é um elemento que consegue funcionar de forma intemporal, pelo modo como se torna um reflexo das complexidades da partilha de uma casa e também pelo humor que se infiltra, muitas vezes escatológico.
Isso faz de O Farol um filme capaz de rir de si mesmo e de ser profundamente estilizado. As inspirações em Merrick e nas histórias ocultistas clássicas mostram um refinamento que coexiste com o retrato nítido da loucura de Eggers, aproveitando-se de dois atores em estado de graça.
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