O diretor e roteirista francês, Thomas Bidegain, lançou este ano um novo filme: Soudain Seuls. O longa-metragem é um drama que ainda não chegou ao Brasil, e com ele o cineasta sofreu com problemas que ninguém produzindo um projeto sonha em ter.
Conforme relatado na última edição da revista Technikart, as filmagens de Soudain Seouls tiveram uma primeira etapa que foi, no mínimo, catastrófica. Embora a ideia inicial de Bidegai fosse ter um elenco encabeçado por estrelas de Hollywood, uma pessoa em especial pode ter atrapalhado os planos: Jake Gyllenhaal.
Inspirado em um livro francês, a princípio, o longa seria filmado inteiramente em inglês, com um orçamento significativo de 26 milhões de euros. Nomes como Gyllenhaal e Vanessa Kirby protagonizariam a trama, mas as coisas mudaram de rumo enquanto o projeto ainda estava tomando forma.
Para se ter ideia, as diferenças artísticas entre Gyllenhaal e Bidegain se tornaram gritantes, ganhando caráter ainda mais crítico por conta do afastamento social gerado pela pandemia do Covid-19. Atrizes como Margot Robbie, Ana de Armas e Jodie Comer foram abordadas pelo diretor, mas Jake preferiu Kirby, com quem havia trabalhado em Evereste.
Bradley Cooper roubou papel dos sonhos de Jake Gyllenhaal em novo filme da NetflixCom a atriz a bordo, a equipe se estabeleceu na Islândia para começar as filmagens e foi aí que os problemas se intensificaram. A Technikart relata que o medo da Covid, acessos de raiva, comportamento errático, alterações no roteiro apesar da aprovação prévia e divergências fundamentais sobre a narrativa do filme levaram a um rompimento de Bidegain com Gyllenhaal, onde o cineasta decidiu ligar para o produtor, Alain Attal, para contar o que aconteceu:
“Vou conversar com Jake e concordamos que não adianta persistir, nossas visões divergem demais.”
Ele ainda continua: “Não filmaremos em setembro. Acabou tudo e os 26 milhões já voaram”. A produção foi interrompida em quatro dias, depois de Gyllenhaal criticar "cada cena, cada linha de diálogo, cada vírgula".
Consequentemente, Soudain Seuls sofreu uma transformação expressiva, ressurgindo dois anos depois totalmente em francês. Hoje, o elenco local conta com nomes como Gilles Lellouche e Mélanie Thierry, sendo o filme um testemunho das reviravoltas inesperadas que ocorrem no mundo do cinema.
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