Ao chegar ao fim do ano, é chegado o momento de revisitar as principais produções que chegaram aos cinemas do Brasil e do mundo, além das atrações que pipocaram nas telinhas. Para as pessoas que adoram cinema, 2023 entregou uma série de projetos que evocaram as mais distintas emoções, entre sorrisos, choros e um pouco de raiva.
Foi um período em que certas personalidades nos surpreenderam com suas atitudes fora das câmeras, como é o caso de Jonathan Majors, e também artistas em ótimas performances, dignos de prêmios de revelação, como Sophie Wilde, de Fale Comigo, e Clara Moneke, de Vai Na Fé.
Fã ou hater? Pela primeira vez na história, o público aplaude streaming por cancelar sua série mais polêmicaEntrando na seara das frustrações, a lista, infelizmente, é um bocado extensa. Antes de dar a coroa da “decepção de 2023” nas telonas, é preciso citar pelo menos uma produção televisiva. No campo das séries, além de Invasão Secreta, pode-se dizer que The Idol foi uma das maiores, senão a maior decepção de 2023. Quando anunciada, a produção da HBO tinha uma espécie de “receita do sucesso”.
O projeto foi conduzido por um dos nomes mais relevantes para a emissora, Sam Levinsom, o criador de Euphoria. Mesmo envolto em certas polêmicas, o produtor é bem quisto na casa. Além disso, o envolvimento de The Weeknd elevou as expectativas com a adição do elenco liderado por Lily-Rose Depp.
Antes mesmo de ser lançada, a série passou por uma série de polêmicas sobre supostos problemas nos bastidores. Depois de ir ao ar, a produção se mostrou tão enfadonha quanto problemática, afastando a ideia de uma crítica à indústria musical apenas para apresentar uma história vazia e sexista.
Já no cinema, podemos citar projetos como Napoleão, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, A Freira 2, Sobrenatural: A Porta Vermelha - todos eles decepcionaram o público e a crítica em diferentes níveis.
O erro de cálculo da Blumhouse com O Exorcista - O Devoto: As razões para o primeiro grande fracasso de um modelo de negócios de terror infalívelEntre filmes que se enquadram nesta premissa, provavelmente muitos devem concordar que O Exorcista - O Devoto foi uma das maiores decepções do ano. Ao ser confirmado pelo estúdio, as conversas ao redor deste revival foram intensas - desde pessoas que ficaram animadas com o retorno da franquia até uma parte da audiência que passou a questionar a necessidade dessa retomada após o fracasso de Exorcista - O Início.
Aparentemente, mexer nesse vespeiro de uma saga clássica do cinema de terror não foi uma boa ideia, já que o longa amargou na aprovação do público e da mídia especializada, com 22% de aprovação da crítica, a partir de 247 avaliações, e 59% de aceitação do público. Segundo a crítica do AdoroCinema, “apesar de O Exorcista - O Devoto, lançado em um ambiente propício para se aproveitar dos terrores do novo mundo, não soube dizer as palavras certas e não teve força o suficiente para expulsar os demônios da incoerência”.
Para o portal, “durante as quase 2h até o derradeiro desfecho, percebe-se que a ambientação proposta por David Gordon Green fica muito aquém do projeto original. O elenco é talentoso e criam auras empáticas com seus personagens, em uma tentativa de entregar algo além do proposto no script, mas não há passagens que colaboram com a construção de atmosfera sombria para além do genérico. O mal iminente não está tão à espreita quanto já foi um dia.”
Atualmente, O Exorcista - O Devoto está disponível para compra ou aluguel digital.