Embora [REC] não tenha recebido apenas críticas positivas quando foi lançado em 2007, o filme de terror espanhol de Paco Plaza e Jaume Balagueró é considerado um marco no gênero. Isso não se deve apenas ao sucesso anterior de A Bruxa de Blair, que eles se aproveitaram aqui. Mas também porque o talento da dupla de diretores e roteiristas para momentos de suspense verdadeiramente horripilantes garante um terror infalível até os dias de hoje.
Após o sucesso do primeiro filme, a máquina da franquia foi acionada e não apenas [REC] 2: Possuídos foi lançado um ano depois, mas também [REC] 3: Gênesis e [REC] 4: Apocalipse saíram em 2012 e 2014, respectivamente.
As partes 3 e 4 demonstraram que as sagas de terror podem se reinventar a cada novo lançamento e buscar uma mudança de estilo, em vez de sempre oferecer apenas o que o filme original fez. Contudo, isso deixa a cronologia da série um pouco estranha, já que [REC] 4 segue diretamente os eventos de [REC] 2, enquanto que [REC] 3 é uma sequência bem solta.
Qual é a história de [REC]?
Em [REC], a jornalista Ángela Vidal (Manuela Velasco) e o operador de câmera Pablo (Pablo Rosso) estão fazendo uma reportagem em um quartel do Corpo de Bombeiros, na intenção de mostrar o cotidiano desses profissionais. Tudo o que vemos no filme é filmado pela câmera, muitas vezes trêmula, de Pablo.
Porém, o que aparentemente seria uma saída noturna rotineira de resgate, logo se transforma em um grande pesadelo. Presos em um edifício, a equipe de filmagem e os bombeiros enfrentam uma situação letal: um vírus responsável por transformar pessoas saudáveis em mortos-vivos.
As sequências valem a pena?
Como nos acostumamos no gênero de terror, as sequências de um filme original geralmente são desinteressantes ou desnecessárias. Felizmente, não é assim no caso de [REC]. Depois da segunda parte, que é uma ótima continuação, a parte 3 é bastante diferente (inclusive com outro elenco), mas não deixa de ser um bom espetáculo.
Nele, o casamento de um casal apaixonado (Leticia Dolera e Diego Martin) toma um rumo bastante inesperado e extremamente sangrento. Porque de repente a área está infestada de zumbis. A celebração aconchegante rapidamente se transforma em um festival de matança, com todos ansiosos para salvar suas próprias vidas, mas o vírus está se espalhando a uma velocidade vertiginosa.
O terceiro filme não depende mais de uma câmera trêmula, e depois de vinte minutos os personagens já aparecem em imagens abertas. Isso significa que a urgência visual se perde um pouco, mas o diretor Paco Plaza (aqui trabalhando sozinho depois dos antecessores) acerta em cheio nas cenas de ação – e aqui, os fãs de terror com muito sangue estarão particularmente satisfeitos.
Por outro lado, como já mencionado acima, a terceira parte é uma sequência solta que não contribui muito para a história da franquia, podendo, inclusive, ser ignorada. Não surpreende que seja o filme da franquia menos bem avaliado pelos espectadores do AdoroCinema.
Já a parte 4 não apenas tem o retorno de Ángela Vidal, mas também da câmera tremida. Não há grande progresso em termos de conteúdo, mas [REC] 4: Apocalipse é convincente em termos de encenação. Aqui Jaume Balaguéro se acomodou novamente na cadeira de diretor junto a Plaza.
O quarto filme é totalmente voltado para um choque rápido. Nada que o prenda por muito tempo, mas é um suspense competente que é divertido porque é bem feito. Nada de mais, mas também nada de menos. Os quatro títulos estão disponíveis no catálogo do Prime Video.
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