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    Hollywood deseja tornar Rachel Zegler, a próxima Branca de Neve, em uma estrela, mas ela conseguirá emplacar nas bilheterias?
    Evelyn Souza
    Evelyn Souza
    Conquistada pela cultura pop, Evelyn adora assistir e discursar sobre filmes teens, de todas as gerações, e aqueles que quase ninguém ouviu falar. Além de ser dorameira e tentar usar seu coreano ínfimo em todas as oportunidades.

    Existe salvação para uma estrela que nem sabe que é uma? A decisão está em suas próprias mãos.

    Às vezes, Hollywood insiste que uma estrela tem que ser uma estrela, não importa o que aconteça, e isso nem sempre funciona. Aconteceu com Taylor Lautner, Jaden Smith e Dakota Fanning, e agora está acontecendo com Rachel Zegler, atriz e cantora que foi descoberta do nada no remake de Amor, Sublime Amor e que a indústria cinematográfica estava insistindo que funcione. Mas, por enquanto, nas bilheterias não aconteceu. E seu próximo Branca de Neve e os Sete Anões não promete, honestamente, corrigir o rumo.

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    Um Zegler à esquerda

    Ninguém está desmerecendo os números de bilheteria de Amor, Sublime Amor (76 milhões de dólares vs. orçamento de 100 milhões) e Shazam! Fúria dos Deuses. Não que ela seja um “veneno de bilheteria”, mas é claro que ela não atrai o público para o cinema em si. Seu maior sucesso, Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, acabou de bater 300 milhões de dólares, mas já é uma franquia consolidada. Por outro lado, suas habilidades como atriz ainda são um tanto limitadas, principalmente quando fica claro que ela tem - ao todo – uma bela voz.

    E Branca de Neve e os Sete Anões tem mais um problema: por mais que a Disney tente, não há interesse real neste remake de um filme de 88 anos e poucos confiam que será possível fazer justiça a animação original do estúdio. O que não ajuda é a aparente visão de Zegler para a personagem (ela chamou o longa de “datado e assustador”), que irá variar muito do original, de acordo com uma entrevista concedida ao Collider.

    20th Century Studios
    Dentro dela surgiu esse tipo de líder que me deixou muito feliz ao ler o roteiro, além do fato de que, embora tenha nascido de sua formação, ela o encontrou dentro de si ao longo do filme e através das pessoas que a amam e mostram a ela seu amor. Marc Webb e eu chamamos isso de abrir o terceiro olho. Há algumas cenas em que ela fala como alguém que está vivo há muito mais tempo, e isso é algo com o qual posso me identificar, algo que me disseram durante toda a minha vida.

    Existe futuro para Zegler?

    Por enquanto, Branca de Neve e os Sete Anões, que terá roteiro co-escrito por Greta Gerwig, será lançado em 2025 enquanto eles lapidam o projeto aqui e ali, tentando diminuir a negatividade de um público que pode achar um tanto grotesco, E acima de tudo, para refinar a imagem de uma atriz que já prepara seu salto para as ligas principais graças ao longa da A24, Y2K, o primeiro filme como diretor de Kyle Mooney (roteirista de As Aventuras De Brigsby Bear e Saturday Morning All Star Hits!).

    Lionsgate Films

    Hollywood pode nunca fazer de Rachel Zegler a próxima grande novidade. Ou pelo menos não quando, desde seu primeiro filme, todos os projetos que escolhe tentam ser gigantescos e fazem parte de uma saga já consolidada. Duas sequências e dois remakes não são uma boa carta de apresentação para quem quer brilhar sozinho, e por isso é hora de Zegler conhecer e entender quem ela é além das obrigações contratuais, das franquias e de um público que olha cada um com uma lupa de suas decisões artísticas.

    Zegler entrou (ou melhor, eles a fizeram entrar) como um elefante em uma loja de porcelana, tentando se destacar em um ecossistema pouco adequado para novos rostos, principalmente quando estes se referem exclusivamente a rostos de baixo risco e filmes bastante insípidos. Sua salvação, se houver, pode estar no cinema independente, na dublagem de animação (ela já está preparando Spellbound) e em experimentar todos os truques de uma indústria que a classificou, injustamente, como a nova grande estrela do firmamento para ela pesar.

    Se há futuro em Hollywood para Rachel Zegler ou não, dependerá inteiramente do público, da bilheteria e de suas próprias decisões. Ela ainda pode mudar sua percepção, tanto dentro da indústria quanto entre os fãs, mas vai dar trabalho e demonstrar um talento de atuação que até agora escondeu sob uma voz aveludada.

    Amor, Sublime Amor
    Amor, Sublime Amor
    Data de lançamento 9 de dezembro de 2021 | 2h 37min
    Criador(es): Steven Spielberg
    Com Ansel Elgort, Rachel Zegler, Ariana DeBose
    Usuários
    3,4
    Adorocinema
    4,0
    Assista agora no Disney +

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