Hoje ele é uma das estrelas mais reconhecidas de Hollywood, mas há um quarto de século Leonardo DiCaprio estava apenas começando a emergir na indústria cinematográfica. Indicado ao Oscar aos vinte anos por seu papel em Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador, desde essa época, o ator já podia se orgulhar de ter trabalhado com Robert De Niro, Drew Barrymore, Johnny Depp e mais.
Apesar de todo o glamour precoce, o papel que de fato marcaria sua carreira viria aos 23 anos, em Titanic, fenômeno de James Cameron. Com 2,2 bilhões de dólares arrecadados de bilheteria, o filme quebrou inúmeros recordes, tanto em termos de qualidade (no total, foram 11 Oscars), quanto financeiramente (foi a maior bilheteria da história do cinema por um longo período).
Curiosamente, ao mesmo tempo que saboreava um dos momentos mais doces da sua carreira, DiCaprio lançou outro filme apenas três meses depois de Titanic - que até tentou surfar no sucesso do ator, mas sem êxito. Assim, o novo longa-metragem de Leo acabou destruído pela crítica, e aqui estamos falando de O Homem da Máscara de Ferro.
Custou 200 milhões e era para iniciar uma franquia, mas foi um grande fracasso de ficção científicaO FRACASSO DE O HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO
Pouco depois de seu sucesso meteórico como Jack Dawson, DiCaprio interpretou o Rei Sol, Luís XIV, da França, em The Man in the Iron Mask (no original). A produção foi lançada nos cinemas mundiais em março de 1998, enquanto Titanic ainda estava em cartaz em muitos países.
Com direção assinada por Randall Wallace e com um conjunto de atores de primeira linha, nem as presenças de Jeremy Irons, John Malkovich, Gérard Depardieu e Gabriel Byrne conseguiram salvar o longa, visto que, como apontado pela crítica, tanto direção quanto roteiro eram amplamente fracos.
Na trama, somos levados à França de 1660, onde o rei Luís XIV (DiCaprio) celebra festas suntuosas enquanto governa implacavelmente seu povo, deixando-o morrer de fome. Dos Quatro Mosqueteiros, apenas D'Artagnan (Byrne) ainda está ativo, enquanto Athos (Malkovich), Aramis (Irons) e Porthos (Depardieu) dedicam suas vidas a outras instâncias.
Para acabar com o reinado de terror de Luís XIV, eles elaboram um plano: o rei mantém seu irmão gêmeo, Philippe, escondido atrás de uma máscara de ferro em uma masmorra na Bastilha. A salvação da França está em jogo e o prisioneiro é o único que pode salvar o país. Assim, aproveitando a óbvia semelhança entre os dois, os Mosqueteiros partem para capturar Luís XIV e colocar Philippe em seu lugar.
MGM Distribution Co.
É verdade que Randall Wallace tinha grande ambição para o projeto, mas infelizmente pouco conseguiu fazer. Nem mesmo as atuações sólidas de parte do elenco conseguiram esconder as fragilidades do roteiro, cheio de diálogos artificiais que não eram engraçados, além de personagens mal construídos.
Com 183 milhões de dólares arrecadados contra um orçamento de 35 milhões, o filme até fez certo sucesso comercial, mas no nível crítico foi uma verdadeira decepção. Leonardo DiCaprio, então, recebeu o famigerado Prêmio Framboesa de Ouro, mais conhecido como o troféu dos piores do cinema norte-americano.
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