Você conseguiria imaginar que uma daquelas ideias que teve na adolescência, durante um momento de tédio, poderia mudar sua vida? Foi mais ou menos isso o que aconteceu com Luc Besson: ao resgatar uma ideia que teve aos 16 anos de idade, o cineasta francês nos deu um dos filmes de ficção científica mais icônicos das últimas décadas: O Quinto Elemento.
O longa estrelado por Bruce Willis e Milla Jovovich foi lançado em 1997, mas nasceu na mente de Besson aos 16 anos. O então futuro diretor começou a escrever o roteiro quando era adolescente para se livrar do tédio. “Comecei a escrever aos 16 e a filmar aos 30, então tive tempo para pensar nisso”, contou em uma entrevista ao Nerdist em 2017, celebrando o 30º aniversário de O Quinto Elemento.
Mas quando comecei a escrever, aos 16 anos, parecia mais um romance [literário]. Não era um filme na minha cabeça. Nunca pensei em fazer um filme sobre isso
Curiosamente, a ideia surgiu enquanto ajudava sua irmã, que tinha 13 anos na época, com alguns deveres de casa sobre Platão. “Ele escreveu sobre [os cinco elementos que se pensava que compunham toda a matéria], água, terra, fogo e ar. E o quinto elemento é o ser humano. Eu li e pensei ‘é exatamente isso o que me falta’. Portanto, preciso me desculpar porque roubei de Plantão”, disse.
Dez anos depois, já um pouco mais adulto, Besson começou a moldar a ideia até evoluir para o que todos conhecemos nas telas. "Eu disse 'quer saber? Eu adoraria fazer um filme sobre isso'. Comecei a mudar muitas coisas porque um romance seria realmente diferente”, relembrou.
A produção do filme não foi nada fácil e precisou ser deixada de lado durante um tempo. Besson, então, começou a filmar O Profissional, que lhe rendeu grande prestígio. Mesmo assim, o diretor não desistiu de O Quinto Elemento. Ele decidiu reduzir o orçamento da produção para ver se conseguia um estúdio e a Columbia Pictures apareceu. Em agosto de 1995, começaram as filmagens, agora para valer.
Após esse esforço titânico, foram desencadeadas críticas à sua proposta. “As críticas foram péssimas e algumas coisas não funcionaram tão bem no início. Mas acho que o maior prazer para um diretor é ver que, 20 anos depois, seu filme ainda está vivo e é passado de geração em geração. Já vi, ao longo de 20 anos, pessoas de 50 anos descobrindo o filme e depois dando o DVD para uma criança de 12 anos. É simplesmente incrível”, disse na entrevista ao Nerdist.
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