Três anos após o lançamento de Mank, o diretor David Fincher retorna à Netflix com mais um filme original para o streaming: O Assassino, estrelado por Michael Fassbender, acompanha a história de um matador de elite frio e calculista que, por um descuido de milésimos de segundo, erra um tiro e precisa lidar com as consequências. Com uma trama cheia de detalhes e suspense, o longa também tem um desfecho que fica aberto a interpretações – e é sobre elas que vamos falar aqui.
Como termina o filme O Assassino?
No início da trama, após aprendermos que O Assassino é um homem extremamente metódico com o trabalho, acompanhamos as consequências de uma falha: ele erra seu alvo e a vítima que deveria morrer agora sabe que está sendo caçada – o que, claro, é um problemão. Com isso, o próprio assassino também se torna alvo e decide descobrir quem está atrás dele após descobrir que Magdala, interpretada pela atriz brasileira Sophie Charlotte, sofreu um ataque quase fatal.
Pois bem, o assassino encontra e elimina o homem que o contratou, Hodges (Charles Parnell), e faz com que a secretária dele revele quem era o cliente misterioso para quem ele estava fazendo o trabalho. Este é Claybourne (Arliss Howard), que vemos mais no final do filme.
Claybourne admite que, de fato, queria eliminar o assassino e que encomendou sua morte com base na sugestão do próprio Hodges, tanto como uma medida de proteção, quanto de punição pela falha cometida pelo protagonista. A reviravolta é que, após ter aniquilado várias pessoas sem hesitar, o assassino decide deixar Claybourne viver.
Por que o assassino não matou Claybourne?
É claro que a obra deixa as conclusões em aberto para a interpretação de quem assiste, mas uma das possibilidades é que o desfecho seja a conclusão de uma mensagem que está presente durante todo o desenrolar da trama: seres humanos não são à prova de falhas, não importa o quanto tentem e quantos mecanismos inventem pra tentar driblar a própria imprevisibilidade.
No final de O Assassino, o protagonista contraria completamente o mantra que repetia no início do filme: “Não confie em ninguém. Antecipe-se, não improvise. Faça apenas o trabalho que foi pago para fazer”.
Em sua última decisão, o que o personagem faz é justamente deixar esta lógica de lado, uma vez que ao encontrar o cliente (uma missão que não foi pago para fazer), ele muda de ideia (um improviso, afinal) e confia na aposta de que deixar vivo o homem que pediu sua cabeça não trará problemas no futuro e que, possivelmente, Claybourne passará a estar em dívida com ele.
Na cena final, vemos o reencontro entre o Assassino e Magdala em um cenário paradisíaco. Não fica claro se é uma aposentadoria definitiva – e talvez isso dependa do sucesso do filme na Netflix.
Fique por dentro das novidades dos filmes e séries e receba oportunidades exclusivas. Participe do nosso Canal no WhatsApp e seja um Adorer de Carteirinha!