A crise dos opioides tem rendido diversas produções cinematográficas nos últimos anos. Pouco tempo depois da estreia de A Queda da Casa de Usher, série inspirada no conto de Edgar Allan Poe que dá um tratamento bem sombrio ao assunto, o streaming lança também Máfia da Dor. O elenco é de peso: Emily Blunt e Chris Evans interpretam os personagens principais, enquanto Andy Garcia faz o antagonista. A história é uma daquelas que parecem mentira, mas provam que a realidade pode ser repugnante.
O longa dirigido por David Yates (nome por trás de boa parte dos filmes do universo de Harry Potter, incluindo Animais Fantásticos) se inspira em um artigo publicado em 2018 pelo New York Times que mergulha no esquema bilionário da farmacêutica Insys, acusada de fraude e suborno de médicos para prescrever o analgésico fabricado pela empresa mesmo em casos em que não deveriam.
A questão é que o remédio tem como principal composto o fentanil, um opioide cujos efeitos são fortes e que, se usado indiscriminadamente, pode causar dependência e overdose. Esta é a história central em Máfia da Dor, que acompanha a ascensão e queda de uma empresa farmacêutica.
“Começamos com a realidade, que era realmente olhar para a corrupção criminosa que existe nessa indústria e se certificar de que seria uma observação realmente honesta e real. Pouquíssima coisa precisou ser ficcionalizada porque é surpreendente o que realmente estava acontecendo nesta indústria”, explicou o produtor Lawrence Grey em entrevista ao AdoroCinema. Assista à entrevista completa:
Personagem de Emily Blunt é real?
Emily Blunt é o grande destaque do filme, mas sua personagem não é baseada em uma pessoa real – ao menos não em uma só. O diretor David Yates nos conta que a protagonista Liza Drake reúne elementos de diversas pessoas envolvidas na história real da Insys, mas foi construída para criar conexão com o público.
No longa, Liza é uma mulher que já tentou ganhar a vida de diversas maneiras e, quando a trama começa, a encontramos trabalhando em um clube adulto. Esgotada e com dificuldades para sustentar a filha, que precisa de um tratamento de saúde urgente, Liza encontra um salvador inusitado: Chris Evans interpreta um representante farmacêutico de ética duvidosa que oferece um emprego a ela.
“Queríamos criar uma mulher comum, que talvez não tenha tido as melhores oportunidades na vida e nem uma educação completa, que tivesse grandes aspirações, mas que tenha perdido o entusiasmo. Alguém que também tivesse empatia e entendesse as pessoas, conseguisse enxergá-las… Esse era realmente um superpoder”, descreve o cineasta britânico.
Máfia da Dor estreia nesta sexta-feira (27) na Netflix.
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