Durante a década de 1990, poucos atores conseguiram se igualar a Jean-Claude Van Damme em termos de filmes de ação. Claro, Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger chegaram perto, mas nenhum deles foi capaz de reproduzir as acrobacias do belga. Hoje conhecido por ser impressionantemente ágil e flexível, muitos não sabem que nem sempre as coisas foram assim.
Para quem gosta do astro, o documentário francês, Coup sur coup, analisa como Jean-Claude Van Vaerenbergh se tornou Jean-Claude Van Damme, um verdadeiro ícone da cultura popular. Desde a inclusão em jogos de videogame, até grandes sucessos da sétima arte, a carreira do ator é marcada por um começo humilde - por mais que não pareça.
Van Damme não nasceu com sua conhecida flexibilidade, mas treinou muito para alcançá-la. Em seus primeiros passos no tatame, “ele era rígido como um poste, míope como uma toupeira e feio como um piolho ”, diz Claude Goetz, seu primeiro professor de caratê.
Goetz acolheu Jean-Claude quando ele tinha apenas dez anos, vendo nele o potencial necessário para o estrelato. O professor foi fundamental nos primeiros anos de treinamento da estrela, trabalhando-a exaustivamente. Ao lado de Goetz, Van Damme disputou a seleção nacional de caratê e conquistou 44 vitórias em 48 disputas, abrindo, assim, caminho para Hollywood.
Em 1988, Van Damme, aos 28 anos, conquistou um nicho para si nos filmes de ação ao abocanhar o papel principal em um pequeno longa de artes marciais que alcançaria futuramente o status de cult: O Grande Dragão Branco. Ele cobrou meros 25 mil dólares pelo trabalho, que lhe permitiu demonstrar suas habilidades físicas e seus movimentos incríveis.
A partir de então, o mundo presenciou a incrível ascensão à fama do jovem belga, nascido sob a tutela de uma família humilde de floristas e que, no início dos anos 1980, chegou a Los Angeles quase sem dinheiro no bolso.