“Mais do que meu rosto, gostaria de ter meu corpo de quando tinha 25 anos e me jogar contra a parede e não doer no dia seguinte”, refletiu Charlize Theron em uma recente entrevista à revista Allure. Nela, entre outras coisas, a atriz revelou que a idade começou a cobrar seu preço quando ela estava fazendo filmes de ação e que, se por um motivo ou outro ela se machuca durante as filmagens, leva mais tempo para se recuperar.
“Agora, se eu não me exercitar por três dias e voltar para a academia, não consigo andar. Não consigo sentar no vaso sanitário”, disse ela, tentando deixar claro mais uma vez que, por mais que os endeusemos, as estrelas de Hollywood ainda são seres humanos.
Aos 48 anos de idade e depois de quase três décadas fazendo filmes, Charlize Theron tem uma riqueza de grandes papéis desde que teve sua primeira chance em The Wonders - O Sonho Não Acabou, filme dirigido por Tom Hanks, e também um grande histórico em filmes de ação: Uma Saída de Mestre, Hancock, Mad Max: Estrada da Fúria, Velozes e Furiosos, entre outros.
Muitos de seus trabalhos ao longo de sua carreira se caracterizaram por serem trabalhos muito físicos, mas a atriz continua sentindo predileção por eles, deixando sua pele em cada um de seus trabalhos. A outra incursão notável de Charlize Theron em filmes de ação é Atômica, um filme dirigido por David Leitch em 2017, que pode ser assistido por streaming no Prime Video.
Apelidado de “o John Wick feminino” por ser dirigido pelo codiretor de John Wick, David Leitch, Atômica apresentou Theron como Lorraine Broughton, uma espiã de alto nível que se muda para a Berlim da Guerra Fria com uma missão perigosa em suas mãos.
O Muro de Berlim acaba de cair e uma perigosa rede de espionagem que assassinou um ex-agente secreto ameaça revelar as identidades de todos os outros informantes das agências de inteligência do mundo ocidental, colocando em risco o trabalho que eles vêm realizando há anos. Ao chegar lá, Lorraine conhece seu assistente David Percival (James McAvoy), com quem precisa implementar um complicado plano de ação.
Universal Pictures
Com 100 milhões arrecadados, Atômica foi considerado um sucesso comercial na época e, de fato, os planos para uma sequência foram rapidamente colocados na mesa. Em 2020, a Netflix oficializou que assumiria o segundo filme, com Theron mais uma vez produzindo, mas não há mais detalhes conhecidos até o momento.
Também produtora do filme, Charlize Theron se esforçou muito para tornar Atômica uma realidade – ela passou cinco anos desenvolvendo o projeto baseado no graphic novel britânico The Coldest City – e não é segredo que o primeiro filme de John Wick a fez pensar em David Leitch como a melhor pessoa para assumir o comando. Curiosamente, Leitch se afastou de John Wick 2 para dar prioridade a Atômica, enquanto Keanu Reeves, que estava treinando para a sequência na época, tornou-se uma figura essencial no treinamento de Theron.
Os dois atores já haviam trabalhado juntos em Doce Novembro e Advogado do Diabo, e sua relação foi consolidada quando prepararam dois filmes de ação diferentes, mas muito semelhantes. Segundo consta, Theron e Reeves brigavam e se desafiavam constantemente, e a atriz sempre afirmou que o ator havia sido muito útil na preparação para o papel.
Além da ajuda de Reeves, Charlize Theron treinou durante meses com oito instrutores com o objetivo de fazer a maior parte de suas próprias acrobacias, algo que ela foi incentivada a fazer pelo próprio David Leitch.
Durante uma dessas sessões de treinamento, ela chegou a quebrar dois dentes: “Meus dentes estão em mau estado”, disse Theron ao festival SXSW, apresentando o filme. “Quando eu estava treinando, quebrei dois dentes na parte de trás da boca, apertando-os enquanto lutava, porque aparentemente minha força de braço não era suficiente. E ainda estou lidando com isso.”
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