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    Resident Evil: Ilha da Morte promove reunião inédita ao estilo Vingadores, mas não se resume a show de easter-eggs (Opinião)
    Diego Souza Carlos
    Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

    Longa reúne Jill Valentine, Leon S. Kennedy, Claire Redfield e outros heróis da franquia.

    Iniciada há mais de 25 anos, a franquia Resident Evil hoje representa uma das maiores propriedades intelectuais da Capcom. Com lançamentos poderosos a partir de uma frequência intensa, os jogos eletrônicos da saga são um símbolo importante para a curta vida dos videogames.

    Assim como qualquer outro ícone da cultura pop, os títulos de survival horror se propagaram para diversas outras mídias. Dessa forma, os games já performaram histórias em mangás, longas-metragens, séries animadas e live-actions, mas apenas os filmes em CGI são canônicos aos títulos lançados para consoles Playstation, Xbox e PCs.

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    A última empreitada na dramaturgia foi Resident Evil: Ilha da Morte, história que após um certo atraso finalmente chegou ao público brasileiro por compra ou aluguel digital. Cronologicamente, a narrativa se passa em 2015, entre os eventos de Resident Evil 6 e Resident Evil 7: Biohazard. Além disso, trata-se de uma continuação do filme Resident Evil: Vingança.

    Em São Francisco, Jill Valentine está lidando com um surto de zumbis e um novo T-Virus. Já Leon Kennedy está na pista de um cientista da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) sequestrado, e Claire Redfield está investigando um monstro marinho que está matando baleias na baía. Chris Redfield e Rebecca Chambers juntam-se a eles, e descobrem que as pistas de seus casos separados convergem para o mesmo local, a Ilha de Alcatraz, onde um novo mal se instalou e aguarda a chegada do grupo.

    Easter-eggs e os Vingadores de Resident Evil

    Divulgação/Sony

    A trama chega com um atrativo interessante: trata-se da primeira vez na história da franquia em que todos os protagonistas se reúnem em uma única história. Você se lembra de todos eles? Pois bem: enquanto Jill Valentine e Chris Redfield são as estrelas do primeiro título da franquia, Rebecca Chambers é a protagonista do jogo ‘zero’ (que saiu depois, tá?).

    Já Leon S. Kennedy e Claire Redfield são os protagonistas do game número 2. Os dois ainda são vistos juntos no filme Resident Evil: Degeneração e na série Resident Evil: Infinity Darkness. Com exceção da agente com experiência em bioquímica, todos eles apareceram em mais de um título e foram jogáveis em diferentes fases da vida, uns mais, outros menos. O fato de se reunirem finalmente após anos e anos de luta contra forças nefastas de organizações bioterroristas pode ser visto com bons olhos - é um presente aos fãs de longa data.

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    Durante a trama de Ilha da Morte, cada uma assume pontos interessantes e característicos. Rebecca e Claire, apesar de entrar eventualmente em ação, são as agentes analíticas do grupo. Já Chris representa os músculos, mas não deixa de ser um ótimo estrategista. Enquanto isso, Leon e Jill são mais uma vez o motivo de muita gente dar o play: a dupla se encontra pela primeira vez nos esgotos de Alcatraz e mostram em diversas oportunidades os motivos que os tornaram como os grandes ícones de Resident Evil. Inclusive, há quem diga que a junção dos dois é apenas um prenúncio para o próximo jogo numerado da franquia. Será?

    Além de uma reunião especial, Death Island também promove um show de easter-eggs para fãs de longa data: temos o rifle de plasma semelhante ao utilizado por Jill na luta contra Nemesis no remake de RE3; o surgimento de Ingrid Hunnigan, de RE4, ao telefone com Rebecca; referências ao início de Resident Evil: Revelations com Claire na praia; a melodia da Safe Room em determinados pontos do projeto; uma menção aos eventos traumáticos da TerraSave em Harvardville; diversas armas que já passaram pelos games, entre outras questões.

    Jill Valentine, para sempre o coração da franquia

    Divulgação

    Jill Valentine sempre foi e sempre será uma das personagens mais importantes de Resident Evil. Infelizmente, assim como em outras franquias da cultura pop, passou maus bocados nas mãos de roteiristas que não sabiam exatamente onde inseri-la durante as tramas megalomaníacas do miolo da série.

    Depois de estrelar o primeiro e terceiro game, passou anos sem ser vista. Retornou em Resident Evil 5, após supostamente morrer em um acidente durante uma missão com Chris. Tudo isso para ao fim do game ressurgir como uma capanga controlada por Albert Wesker, o maior vilão da saga.

    Por ter muito contato com diferentes vírus, a agente especial não envelhece como seres humanos comuns, tendo praticamente a mesma aparência de 1998 em 2015. Apesar de ter voltado aos holofotes durante a pandemia, quando protagonizou o remake de Nemesis, ela ainda não obteve uma história que fizesse jus a sua trajetória e, apesar de não ser ter uma narrativa rebuscada, tem um destaque merecido em Ilha da Morte.

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    O longa ganha pontos ao apresentar o drama da heroína solitária, que está tentando se recuperar de inúmeros traumas que a batalha contra zumbis, monstros modificados e, de certa forma, o abuso lhe proporcionaram. É nos momentos que antecedem as sequências de ação que é possível ver o aprofundamento na personagem.

    Todos ali ganham relevância, mas é na forma como ela interage com todos e se mostra vulnerável que a história evolui. Entre estes momentos, é claro, há também uma série de lutas, tiros e um clima badass que não poderia faltar quando o assunto é Jill Valentine. Resident Evil: Ilha da Morte pode, portanto, ser uma porta para o grande desfecho para ela ou pelo menos anteceder um retorno triunfal há muito esperado.

    Resident Evil: Death Island
    Resident Evil: Death Island
    Criador(es): Eiichirô Hasumi
    Com Kevin Dorman, Erin Cahill, Matthew Mercer
    Data de lançamento 29 de maio de 2024
    Assista agora em Max

    Resident Evil: Ilha da Morte está disponível para compra ou aluguel digital em plataformas como Youtube, Prime Video, Google Play e Apple TV.

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