Velozes & Furiosos é uma das franquias mais populares de Hollywood e, poucos sabem, mas David Ayer, diretor de Esquadrão Suicida (2016), teve um papel importante na criação da saga estrelada por Vin Diesel – mas em reconhecimento disso até hoje.
Velozes & Furiosos: Qual é a sequência para assistir aos filmes de Vin Diesel e Paul Walker? Confira a ordem certaEm uma entrevista ao podcast Real Ones de Jon Bernthal, o diretor David Ayer lamentou ter sido deixado para trás na franquia Velozes & Furiosos, sendo que ele escreveu o primeiro filme lançado em 2001. Baseado em um artigo da revista Vibe ("Racer X"), Gary Scott Thompson e Erik Bergquist escreveram os rascunhos do roteiro, mas Ayer reforça que ele foi responsável pela cultura de corridas de rua e diversidade presente na produção.
"A maior franquia de Hollywood, e não tenho nada disso. Não tenho nada para mostrar, nada, por causa da forma como o negócio funciona", revelou sua decepção.
"Quando recebi aquele roteiro, aquela m*rda se passava em Nova York, eram todos garotos italianos, certo?. Eu fiquei tipo, 'Cara, não vou aceitar a menos que possa ambientá-lo em Los Angeles e fazer com que pareça com as pessoas que conheço em Los Angeles, certo?' Então comecei a escrever sobre pessoas de cor, a escrever sobre coisas de rua e a escrever sobre cultura, e ninguém sabia nada sobre corridas de rua na época", conta Ayer.
"Fui a uma loja no Valley e me encontrei com os primeiros caras que estavam hackeando as curvas de combustível dos injetores e coisas assim, e eles tinham acabado de descobrir e estavam mostrando, e eu fiquei tipo, 'Oh, p*rra, sim, vou colocar isso no filme'", lembra.
A franquia Velozes & Furiosos atualmente é composta por nada menos que onze filmes e arrecadou mais de US$ 7 bilhões nas bilheterias mundiais. desta forma, David Ayer ficou frustrado com a "narrativa" de que ele não teria contribuído em nada para esse sucesso.
"É como se as pessoas sequestrassem narrativas, controlassem narrativas, criassem narrativas para se fortalecerem, certo? E porque eu sempre fui um estranho e porque, tipo, eu não vou à p*rra de festas. Eu não vou às refeições, não faço nada disso. As pessoas que iam conseguir controlar e gerir as narrativas porque estão socializadas nessa parte do problema. Eu nunca fui socializado nessa parte do problema, então eu sempre fui o cara sombrio e criativo", reforça o diretor sobre seu ponto de vista em relação à franquia.