A Disney decidiu imitar mais uma vez o modelo da Netflix e já colocou em andamento as próximas etapas de seu plano para que o Disney+ alcance a rentabilidade desejada. Por um lado, um novo aumento de preço que entrou em vigor em diversas regiões, além de outras novidades sobre o serviço - nos Estados Unidos será aplicado a partir de 12 de outubro -, embora não se saiba no momento qual será exatamente o aumento. O que se sabe é que ele está vinculado ao lançamento iminente da tarifa com anúncios em nosso país.
O novo plano Disney+
Plano com anúncios? A Disney acaba de confirmar que a tarifa com anúncios atualmente disponível nos Estados Unidos será transferida para outros mercados, como Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Suíça, Itália, Noruega, Suécia, Dinamarca e Espanha. Na Espanha, por exemplo, estará disponível em 1º de novembro e custará 5,99 euros, três a menos do que a assinatura atual do Disney+.
Por enquanto, não se tem informações novas sobre quando a mudança chegará ao Brasil, mas vale ressaltar que em abril desse ano tanto Disney+ quanto Star+ sofreram aumento de preço sem muito aviso.
"Tenho que vender minha casa": Ator detona chefe da Disney e sai em defesa da greve de atores em HollywoodNo final, o aumento de preço terá um impacto no surgimento de uma nova tarifa Premium na Espanha, com um custo mensal de 11,99 euros. Essa tarifa incluirá qualidade de vídeo 4K e som Dolby Atmos, bem como a possibilidade de até 4 reproduções simultâneas. Dessa forma, a tarifa atual de 8,99 euros será mantida, mas perderá recursos, pois incluirá apenas vídeo até Full HD, som estéreo 5.1 e 2 reproduções simultâneas.
No entanto, ainda é uma opção mais atraente do que a tarifa com suporte de anúncios nos EUA, onde o preço sem anúncios passou de 7,99 para 10,99 dólares em dezembro do ano passado. A questão é que agora ele atingiu um novo recorde, subindo para 13,99 euros. Não foi tão longe a ponto de dobrar seu preço em menos de um ano...
Adeus às contas compartilhadas: a Netflix deixou claro, já há alguns meses, sua decisão de iniciar uma guerra contra as contas compartilhadas, o que sugeriu que o restante das plataformas logo seguiria o mesmo caminho. Bob Iger, o atual CEO da empresa, acaba de anunciar que eles também vão lutar contra essa prática.
Iger não quis entrar em detalhes, mas esclareceu que eles planejam "implementar táticas em algum momento de 2024", observando que o compartilhamento de senhas é um problema "significativo". Em outras palavras, eles acreditam que estão perdendo muito dinheiro dessa forma, e a Disney não está exatamente em seu auge financeiro, sendo o Disney+ um dos grandes culpados.
Estagnação: o crescimento do número de assinantes do Disney+ diminuiu significativamente, a ponto de no último trimestre eles terem perdido 5,4 milhões de clientes em comparação com o mesmo período do ano passado, a grande maioria dos quais pertence ao mercado indiano, onde a perda dos direitos de transmissão de alguns programas afetou duramente a empresa. De fato, se excluirmos o caso da Disney+ Hotstar, o número de assinantes se recuperou ligeiramente neste trimestre, de 104,9 milhões para 105,7 milhões.