Como o boneco Ken, Ryan Gosling acaba de se reinventar completamente. Apesar de o ator de 42 anos já ter feito dramas (Diário de uma Paixão), comédias (Amor a Toda Prova), musicais (La La Land) e até longas de ação (Drive), só entendemos o quão engraçado e espirituoso o astro pode ser depois de sua performance ao lado de Margot Robbie em Barbie, sob a batuta de Greta Gerwig. Mas como sua carreira realmente começou?
Pois bem, na primeira metade dos anos 90, Gosling – assim como Justin Timberlake, Christina Aguilera e Britney Spears – fazia parte do Mickey Mouse Club, que era exibido três vezes por semana no Disney Channel, até 1994. Em 1996, aos 16 anos, ele finalmente conseguiu seu primeiro papel no cinema: no agora esquecido filme infantil Frankenstein and Me (Frankenstein: O Sonho Não Acabou, na versão brasileira).
Na trama dirigida por Robert Tinnell, Gosling encarna Kenny, um adolescente que é vizinho dos protagonistas, os irmãos Earl (Jamieson Boulanger) e Larry Williams (Ricky Mabe). Os dois são obcecados por produções de terror e sonham em criar seu próprio monstro. Quando o pai deles, Les (Burt Reynolds), morre, os garotos traçam um plano maluco para trazê-lo de volta, usando uma múmia de Frankenstein que encontraram perdida no meio da estrada.
Longe de ser um marco na história da sétima arte ou na trajetória de Gosling, Frankenstein and Me conquistou 58% de aprovação do público no Rotten Tomatoes, ou 5 de 10 estrelas na opinião dos usuários do IMDb. Faturou US$ 5 mil nos EUA e no Canadá. Trata-se, aliás, de uma produção canadense, país onde nasceu o intérprete de Ken.
Um tanto desajeitada, a obra até surge com inúmeras referências a clássicos do terror, como A Noite dos Mortos-Vivos (1968), Drácula (1931) e Frankenstein (1931). Mas vale mesmo para admirar o trabalho de Gosling em seus primeiros dias, sem saber que grandes oportunidades ainda estavam por vir.