Lançado em 2014, Sniper Americano superou O Resgate do Soldado Ryan como o filme de guerra de maior bilheteria de todos os tempos, recebendo ainda 6 indicações ao Oscar. No entanto, para além das acusações de belicismo feitas contra o longa, há uma cena em particular que fez o público se perguntar se Clint Eastwood havia perdido o juízo. Um erro tão monumental que nem apareceria assim em uma produção de baixo orçamento.
Estamos falando do bebê que Bradley Cooper, intérprete do protagonista Chris Kyle, segura no colo em um determinado momento de Sniper Americano. Acontece que o bebê não é real, e sim uma boneca de plástico. Uma escolha que, na época, não passou despercebida e quase arruinou a credibilidade da obra. Afinal, quase US$ 60 milhões foram gastos para produzi-lo.
Foi o roteirista Jason Hall quem explicou em um tweet o que tinha ocorrido. Apesar de o post ter sido apagado posteriormente, nele Hall dizia o seguinte: "Odeio acabar com a diversão, mas o bebê #1 de verdade apareceu com febre. O bebê #2 de verdade não apareceu. (Na voz de Clint) 'Dê-me a boneca, rapaz.'"
Cooper, por sua vez, afirmou em mais de uma ocasião que não conseguia acreditar naquela bizarrice. "Sinto muito, Muppets. Devo dizer que no final eu amei muito aquela boneca. Eu me apaixonei por aquela coisa de plástico", brincou ele no The Ellen DeGeneres Show.
Com a possibilidade de aplicar CGI à boneca ou mesmo criar uma 100% digitalizada, por que a equipe seguiu com a pior opção? Nunca saberemos, mas é impossível não lembrar o caso de Renesmee na Saga Crepúsculo. Originalmente, para as cenas envolvendo a filha de Bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattinson), foi confeccionado um animatrônico. Felizmente, os cineastas abandonaram a ideia em favor de um bebê computadorizado.
Primeiro apelidada de "Chuckesmee" pelo elenco e pela equipe, depois simplesmente de Chucky, a boneca tinha uma aparência sinistra – talvez para ilustrar sua genética meio vampira, meio humana –, com longos cabelos ruivos, testa grande e olhos ao mesmo tempo esbugalhados e vazios, que parecem penetrar quem os cruza.
Enquanto promovia Amanhecer - Parte 2, o diretor Bill Condon chamou Renesmee de "um show de terror" durante uma entrevista à Entertainment Weekly. "Foi uma das coisas mais grotescas que já vi", continuou. "Houve uma cena em que eu gritei 'Corta!' e de repente ela virou a cabeça e mecanicamente olhou direto para a câmera. Foi incrivelmente perturbador."