Oppenheimer chegou aos cinemas brasileiros na última quinta-feira, 20 de julho. No filme, presente na lista dos mais aguardados do ano, acompanhamos o físico J. Robert Oppenheimer trabalhando com uma equipe de cientistas durante o Projeto Manhattan para a criação da bomba atômica. O longa-metragem é estrelado por grandes nomes como Cillian Murphy, Robert Downey Jr., Matt Damon, Emily Blunt, Florence Pugh, Rami Malek e Jack Quaid.
Christopher Nolan é conhecido por fomentar discussões em torno de seus filmes e com Oppenheimer não foi diferente. Nas redes sociais, muitos espectadores levantaram debates sobre o longa-metragem não apresentar os efeitos da bomba atômica em Hiroshima, no Japão, onde a arma destrutiva foi utilizada. De fato, a trama termina antes da criação de J. Robert Oppenheimer ser lançada e segue um viés mais cinebiográfico do que histórico.
No entanto, para quem deseja saber como a bomba atômica afetou a cidade japonesa, nada mais confiável do que conhecer relatos de pessoas que testemunharam o triste período. É o que acontece no livro "Hiroshima", escrito pelo jornalista John Hersey. Lançado inicialmente em formato de reportagem no The New Yorker, em 1946, um ano após a explosão, o clássico de jornalismo literário reconstitui a história de seis sobreviventes do ataque genocida.
Quarenta anos após a explosão da bomba atômica que matou mais de 100 mil pessoas em Hiroshima, John Hersey reencontrou os entrevistados, que contaram relatos de antes, durante e um pouco depois do ataque. Assim, ele concluiu o trabalho ao revelar ao mundo os efeitos da bomba a longo prazo e nasceu o livro intitulado com o nome da cidade japonesa.