"Interpretar Jesus arruinou minha carreira". Jim Caviezel garantiu isso em alto e bom som há mais de 10 anos, em 2011, depois de ter protagonizado o polêmico e lucrativo filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, em 2004.
Segundo o ator, ele foi "rejeitado pela própria indústria", mas Mel Gibson, diretor do filme, já o havia alertado que seria assim. "Ele me disse: 'Você nunca mais vai trabalhar nesta cidade.' Eu disse a ele: 'Todos nós temos que abraçar nossas cruzes.'"
Não seria a primeira nem a última vez que Hollywood prefere se manter longe de produções polêmicas que podem polarizar o público. Mas, a realidade é que Caviezel também tem um certo desdém pela indústria: "Temos que desistir de nossos nomes, nossas reputações, nossas vidas para dizer a verdade", disse, na época.
Agora, quase 20 anos depois do filme que marcou um antes e um depois em sua carreira, Caviezel é protagonista de outro filme, Sound of Freedom, que não só não está passando despercebido como também ganhou enorme notoriedade nos Estados Unidos com seu desempenho inesperadamente bom nas bilheterias.
Dirigido por Alejandro Monteverde e lançado há apenas algumas semanas nos Estados Unidos, Sound of Freedom tem sido objeto de amplo debate, embora, inicialmente, seu enredo não mencione em nenhum momento a teoria da conspiração QAnon. O filme conta a história de Tim Ballard, fundador e diretor-executivo da ONG Operation Underground Railroad, a qual é atribuída o resgate de milhares de vítimas do tráfico humano.