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    Essas mulheres negras fizeram história no audiovisual brasileiro: Confira 5 dicas de leitura imperdíveis!
    Debora Tavares
    Debora Tavares
    Jornalista, da periferia, criada a base de novelas mexicanas e apaixonada por cultura popular. Adoro cinema, mas troco a pipoca amanteigada por um biscoito amarelo duvidoso para me acompanhar na sessão.

    No Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, relembre nomes que impactaram o curso do audiovisual brasileiro!

    Arquivo Nacional

    Há exatos 31 anos, mulheres negras latino-americanas e caribenhas se reuniam na República Dominicana para discutir temas referentes às suas condições. O encontro que segue relevante hoje deu origem ao Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha - data que, no Brasil, também homenageia Tereza de Benguela, mulher negra que liderou seu quilombo de forma heroica por 20 anos.

    Na data que celebra a comunidade de mulheres afro latinas, o AdoroCinema destaca 3 mulheres negras que fizeram história no audiovisual brasileiro. Aproveite para conhecer, também, cinco livros que ampliam o debate sobre gênero e raça!

    Ruth de Souza

    Arquivo Nacional

    Ruth de Souza (1921-2019) foi uma das maiores intérpretes do país, reverenciada por sua sensibilidade e personagens expressivos, que fugiam dos estereótipos racistas do audiovisual. A atriz, nascida no subúrbio do Rio de Janeiro, começou sua carreira no Teatro Experimental do Negro, do grande Abdias do Nascimento, e se tornou a primeira atriz brasileira a ter projeção internacional. Ao lado de grandes nomes do cinema americano, foi indicada ao prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza, ainda no início da carreira.

    Adélia Sampaio

    Arquivo Pessoal

    Se fazer cinema é algo elitizado e desafiador ainda hoje, imagina ser uma cineasta negra durante a ditadura militar? Adélia Sampaio, mineira, foi um dos expoentes do Cinema Novo, um dos maiores movimentos do audiovisual brasileiro, que buscava denunciar questões sociais. A importância social de sua obra não ficou só naquele tempo: seu filme Amor Maldito de 1984, o primeiro longa feito por uma mulher negra no Brasil, está disponível gratuitamente em seu canal no YouTube, assim como todas suas outras obras.

    Taís Araújo

    Quando pensamos em mulheres negras brasileiras nas telas, é impossível não pensar em duas coisas: novela e Tais Araújo. O brasileiro ama novela e a carioca estampou algumas das tramas favoritas da TV, como Cheias de Charme, além de ter sido a primeira protagonista negra da Globo em 2004, com Da Cor do Pecado. Hoje, Tais tem ganhado destaque no cinema com o filme Medida Provisória, e será ninguém menos que a Nossa Senhora no aguardado O Auto da Compadecida 2.

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    Cinco livros que você não pode deixar de ler

    Selecionamos, abaixo, cinco livros escritos por mulheres negras que dialogam com a realidade de mulheres negras latino americanas. Confira, a seguir!

    Quem me leva para passear, Elisa Lucinda

    Amazon

    Você já deve conhecer Elisa Lucinda das novelas e do cinema, mas a atriz, que hoje vive Marlene em Vai na Fé, tem talentos múltiplos, como a escrita. Em Quem Me Leva para Passear, acompanhamos os pensamentos da personagem Edite. Uma mulher negra com muitos sonhos, livre e que se parece com muitas outras mulheres. Encontre na Amazon por R$ 44,72.

    Olhares negros: Raça e representação, Bell Hooks

    Amazon

    Se você ama audiovisual, "Olhares negros: Raça e representação" é uma leitura que vai alavancar o seu repertório! Será que toda representação é positiva? Como a experiência de ser negro é influenciada pelas artes, especialmente de imagens? Neste ensaio crítico, Bell Hooks reflete sobre essas questões e desafia o leitor a subverter os paradigmas. Encontre na Amazon por R$ 47,02.

    Insubmissas lágrimas de mulheres, Conceição Evaristo

    Amazon

    Insubmissas lágrimas de mulheres reúne 13 contos protagonizados por mulheres pretas. Neste livro, Conceição Evaristo explora temas sensíveis às condições de mulheres negras, desde afetividade a resistência e temores. Encontre na Amazon por R$ 30,32.

    Por um feminismo afro-latino americano, Lélia Gonzales

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    Lélia Gonzales, pensadora brasileira, foi uma das maiores contribuidoras nas discussões de gênero e raça, especialmente no que diz respeito as mulheres da América Latina. Neste livro, você pode conhecer textos produzidos pela ativista durante o período da ditadura militar da América Latina e Caribe. Encontre na Amazon por R$ 43,99.

    Heroínas negras brasileiras, Jarid Arraes

    Amazon

    Um dos maiores braços do racismo é o apagamento e o esquecimento. Em Heroínas negras brasileiras, a autora Jarid Arraes luta pela memória, relembrando nomes de mulheres negras que costuraram os panos do Brasil e foram verdadeiras heroínas. Laudelina, Maria Firmina, Tia Ciata, Aqualtune e muitas outras. Encontre na Amazon por R$ 30,30.

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