Em recente entrevista ao Vulture, Samuel L. Jackson compartilhou uma frustração que ele guarda por mais de 20 anos. O ator acredita que poderia ter sido indicado ao Oscar por seu papel em Tempo de Matar, lançado em 1996. No entanto, a cena que o colocaria na linha de frente da consideração ao prêmio foi cortada no processo de edição antes de chegar aos cinemas.
“As coisas que eles tiraram me impediram de ganhar um Oscar. 'Sério, filhos da p*ta? Você acabou de tirar essa m*rda de mim?' No meu primeiro dia trabalhando naquele filme, fiz um discurso em uma sala com um ator e todo o set estava chorando quando terminei. Eu estava tipo, 'Ok. Estou na página certa.'"
Essa m*rda não está no filme! E eu sei porque não está. Porque não era meu filme e eles não estavam tentando me transformar em uma estrela.
O ator também disse que foi uma das primeiras vezes vendo algo assim acontecer na época. "Há coisas que fiz em outros filmes em que disse: 'Espere um minuto. Por que você tirou aquele momento do filme?'", acrescentou. "Porque o momento, naquele filme, era maior que o filme."
No longa-metragem, Samuel L. Jackson interpreta Carl Lee Hailey, um homem do Mississippi em julgamento pelo assassinato de dois homens brancos que estupraram sua filha de dez anos. Ainda sobre a edição, o ator afirmou que as modificações mudaram a percepção de seu personagem.
"Quando mato esses caras, eu os mato porque minha filha precisa saber que esses caras não estão mais no planeta e nunca mais vão machucá-la — que farei qualquer coisa para protegê-la", lembrou. "Foi assim que interpretei esse personagem o tempo todo."