ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS DE BARBIE!
Barbie e Oppenheimer estão travando uma disputa icônica nos cinemas, já que o filme de Greta Gerwig e de Christopher Nolan foram lançados no mesmo dia. O que ninguém esperava é que a história do "pai da bomba atômica" interpretado por Cillian Murphy e da boneca da Mattel interpretada por Margot Robbie teriam uma conexão.
Em Barbie, acompanhamos o mundo mágico onde as versões da boneca vivem em completa harmonia. Porém, uma delas (Margot Robbie) percebe que talvez sua vida não seja tão perfeita, questionando sua existência e alarmando suas companheiras. Eventualmente, ela é expulsa de Barbielândia e forçada a viver no mundo real, precisando lutar com as dificuldades de não ser mais apenas uma boneca – pelo menos está acompanhada de seu fiel e amado Ken (Ryan Gosling), cada vez mais fascinado pela vida no novo mundo. Enquanto isso, Barbie tem dificuldades para se ajustar, e precisa enfrentar vários momentos nada coloridos até descobrir que a verdadeira beleza está no interior.
Qual é a conexão entre Barbie e Oppenheimer?
Inusitadamente, a conexão entre Barbie e Oppenheimer é por causa do escritor francês Marcel Proust. No filme de Greta Gerwig, a Barbie de Margot Robbie entra em sua embalagem de plástico e diz que o cheiro familiar é uma memória proustiana. Então, o CEO da Mattel (Will Ferrell) comenta: "Lembra da Barbie Proust? Isso não vendeu bem".
Em entrevista ao Associated Press, Gerwig explicou essa referência ao autor Marcel Proust no filme da Barbie. "Em 'Em Busca do Tempo Perdido', em 'No Caminho de Swann' [livros de Proust], ele é literalmente jogado de volta à sua infância através do sabor da [receita] madeleine. Eu pensei, bem, isso seria um bom easter egg para uma pessoa".
O que nem mesmo Greta Gerwig sabia é que Marcel Proust era um dos autores favoritos de J. Robert Oppenheimer, cientista interpretado por Cillian Murphy no filme. Haakon Chevalier, professor de literatura francesa, autor e amigo próximo de Oppenheimer, revelou que ele uma vez lhe disse que ler "Em Busca do Tempo Perdido", de Proust, foi uma das grandes experiências de sua vida. "Proust também era o favorito de Oppenheimer. Eu não esperava que essa fosse a conexão entre esses filmes", disse o repórter do Associated Press, com a resposta da diretora: "Então ele teria adorado Proust Barbie!", brinca.
Barbie está em exibição nos cinemas brasileiros.