Após resgatar um garoto da mão de sequestradores, o agente especial do governo dos Estados Unidos, Tim Ballard, descobre que a irmã do jovem rapaz também está sendo mantida como refém. Cansado da burocracia que enfrenta como funcionário do Estado, ele se demite para tentar resgatar a menina por conta própria. No processo, Ballard inicia uma jornada passional ao mergulhar nos confins da selva colombiana, tentando desmontar um esquema de tráfico sexual infantil que aflige as Américas do Norte, Sul e Central.
Para quem não sabe do que está sendo falado, essa é a sinopse de Sound of Freedom, um longa-metragem assinado por Alejandro Monteverde e protagonizado por Jim Caviezel - lembra dele? Intérprete de Jesus em A Paixão de Cristo. O filme ganhou grande destaque na imprensa mundial nas últimas semanas, muito pela façanha de ter superado blockbusters renomados ao assumir o topo das bilheterias norte-americanas por um breve período de tempo. Além disso, uma notável controvérsia também vem ajudando a colocar a produção sob os holofotes - e como de costume, nós do AdoroCinema estamos prontos para lhe explicar tudo sobre o assunto. Confira abaixo:
POR QUE SOUND OF FREEDOM É UM FILME POLÊMICO?
Para entendermos melhor a polêmica por trás de Sound of Freedom, precisamos entender quem é Tim Ballard, uma pessoa real ao qual o longa diz se basear. Pouco conhecido no Brasil, o homem é um ex-profissional do governo estadunidense e fundador da Operation Underground Railroad (O.U.R.), uma fundação sem fins lucrativos, anti-tráfico sexual, com sede nos Estados Unidos. Ballard atribuiu à sua organização o resgate de milhares de vítimas do tráfico de pessoas - informação que foi contestada pela mídia através de alegações de falta de transparência e exagero nas histórias.
Dito isso, uma das primeiras questões debatidas a respeito de Sound of Freedom começa com a afirmação, feita pelo próprio filme, de que ele seria baseado em fatos reais. Uma parte dos críticos argumenta não haver documentos que comprovem a veracidade dos acontecimentos ali apresentados, alegando também que Tim Ballard sempre foi conhecido por defender teorias da conspiração sem embasamento - como a existência de uma elite financeira global que sequestra crianças para beber seu sangue com a intenção de rejuvenescer.
Em contraparte, quem apoia Ballard afirma que os ataques ao longa-metragem são devidamente coordenados, partindo exatamente dessa elite e com o intuito de jogar para baixo do tapete verdades que não querem expostas à luz. Censura e críticas vazias ao filme surgem como as maiores acusações.
"Infelizmente, os teóricos da conspiração são predominantes na América. Muitas informações inúteis são espalhadas. Mais de um milhão de pessoas assistiram a Sound of Freedom nos cinemas da AMC. Mais do que em qualquer outra cadeia de teatro do planeta. Ainda assim, as pessoas afirmam falsamente o contrário. É tão bizarro”, colocou recentemente Adam Aron, presidente da rede de cinema AMC, sobre as acusações de que sua companhia estaria boicotando Sound of Freedom.
De qualquer forma, seja você crente ou descrente da palavra de Tim Ballard, vale colocar que Sound of Freedom ainda não tem data de lançamento em solo brasileiro. O filme contou inicialmente com um investimento de pouco mais de US$14 milhões, ultrapassando a casa dos US$85 milhões angariados em bilheteria na última semana.