Para mim, existem uns poucos atores dispensáveis. Um deles é Ryan Reynolds (Blade: Trinity) que, não só por isso, mas em especial desde o grande sucesso com Deadpool, tornou-se mestre em me irritar com seu humor exagerado e corrosivo. Mas Reynolds já provou antes que pode fazer as coisas de forma diferente, não só com Enterrado Vivo, mas também com Protegendo o Inimigo. Você ainda não viu este thriller de ação? Então aproveite, porque ele está disponível no Star+ e na Netflix!
Sobre o que é Protegendo o Inimigo?
O inexperiente agente da CIA Matt Weston (Ryan Reynolds) tem vigiado, pelos últimos doze meses, um abrigo na Cidade do Cabo, África do Sul. Enquanto isso, sua namorada francesa Ana (Nora Arnezeder) não faz ideia de suas atividades na CIA. Após meses trabalhando no abrigo, Weston implora a seu superior, David Barlow (Brendan Gleeson), por uma transferência para Paris.
Mas então chega seu momento de glória: o grande criminoso Tobin Frost (Denzel Washington) está fugindo de uma gangue e consegue escapar para o consulado dos Estados Unidos na Cidade do Cabo com o que resta de suas forças. O ex-agente tinha acabado de tentar vender informações altamente sigilosas. A CIA quer interrogar Frost imediatamente e envia uma equipe de Joanesburgo para o abrigo que Weston está vigiando. Mas o lugar é invadido por um grupo de homens fortemente armados e todos os agentes da CIA são mortos, exceto por Weston. Ele consegue escapar com Frost.
Ryan ReynoldsUma pitada de Tony Scott e Jason Bourne
Mesmo que Protegendo o Inimigo tenha recebido uma recepção bastante mediana da crítica (a crítica oficial do AdoroCinema deu ao filme uma média de 3,5 em 5 pontos possíveis), sou um grande fã deste sombrio thriller de ação. O diretor Daniel Espinosa (Dinheiro Fácil) não apenas mostrou toda a influência da série Bourne, mas acima de tudo com Tony Scott (Amor à Queima-Roupa) para acelerar seu thriller que vai de 0 a 100 muito rápido. Como "Chamas da Vingança, Incontrolável ou Dias de Trovão, Protegendo o Inimigo é um filme tenso, corajoso e cheio de ação.
O fato de Protegendo o Inimigo também funcionar, além de seus visuais , é porque o thriller de ação presta atenção em seus personagens. Mesmo que a trama em si seja bastante convencional e enxuta, indo de A a B, o roteiro tenta fugir um pouco do básico no que diz respeito aos personagens, para não servir tanto aos clichês esperados. Isso é bom para Ryan Reynolds, que está melhor do que nunca aqui.
Com a seriedade necessária, Reynolds interpreta um jovem agente do FBI de forma muito crível, pés no chão de maneira agradável, que não precisa narrar as próprias ações com um bordão o tempo todo. Espinosa também contratou os serviços do ator favorito de Tony Scott, Denzel Washington (Dia de Treinamento). Como esperado, o titã Washington ainda é muito superior a um muito bom Reynolds, e sua presença não só brilha, mas também apresenta uma performance de ação que mais tarde refinaria em O Protetor.
E cadê a continuação?
Embora a crítica não tenha ficado muito entusiasmada, Protegendo o Inimigo arrecadou US$ 200 milhões (com um orçamento de US$ 85 milhões) nas bilheterias globais. Isso fez do filme um dos poucos sucessos que a Universal teve em 2012 e uma sequência foi logo anunciada. Mas até hoje, mais de dez anos depois, nada aconteceu.
Além disso, devido ao final de Protegendo o Inimigo, não se sabia se a sequência deveria realmente ser uma continuação direta ou um prelúdio que remonta ao passado dos personagens interpretados por Ryan Reynolds e, em especial, o de Denzel Washington. No entanto, após tantos anos de silêncio, agora é bastante improvável que outra "casa segura" realmente apareça.