Um submarino com turistas para ver os destroços do Titanic desapareceu no Oceano Atlântico no domingo (18) e ainda não foi encontrado pelas autoridades. Recentemente, James Cameron, o diretor do clássico Titanic (1997), revelou que chegou a mergulhar mais de 30 vezes na região para ver os destroços do famoso transatlântico naufragado.
"Me sinto muito ligado à história [do Titanic], depois de ter mergulhado 33 vezes no naufrágio. Quanto mais você estuda, mais contagiado pela história do Titanic você fica. Digo sempre como é frágil. Você acha que o entende até se aproximar e ver que tem muito mais complexidade na história", explicou Cameron em entrevista à CBS de fevereiro.
Em entrevista à Playboy de 2009, James Cameron contou sua relação com o Titanic. "Eu fiz Titanic porque queria mergulhar até o naufrágio, não porque eu particularmente queria fazer o filme. O Titanic era o Monte Everest dos naufrágios e, como mergulhador, queria fazer isso direito. Quando soube que outros caras haviam mergulhado no Titanic para fazer um filme IMAX, eu disse: 'Vou fazer um filme de Hollywood para pagar uma expedição e fazer a mesma coisa'. Adorei aquele primeiro gosto e queria mais", explica o diretor.
Desde a produção do filme Titanic, James Cameron realizou vários mergulhos em alto mar, em 33 ocasiões para ver os destroços do transatlântico. Uma de suas expedições mais impressionantes aconteceu em 2012, quando ele mergulhou na Fossa das Marianas, considerado o local mais profundo dos oceanos, a quase 11 km abaixo da superfície. "Meu sentimento foi de completo isolamento da humanidade, me senti como se em um dia eu tivesse ido para outro planeta e voltado", contou ao National Geographic.
Mergulho de James Cameron aos destroços do Titanic pode ser visto em documentário
O documentário Fantasmas do Abismo (2003), que está disponível no catálogo da Netflix, mostra uma das expedições de James Cameron aos destroços do Titanic ao lado de uma equipe de cientistas, cineastas e historiadores – incluindo também o ator Bill Paxton.
Em 2001, eles organizaram uma expedição aos destroços do Titanic e mergulharam em submersíveis profundos russos para obter imagens mais detalhadas, com a ajuda de dois pequenos veículos operados remotamente. No documentário, ainda podemos ver a parte interna do navio e a comparação com a aparência original com imagens em CGI.